Festival MED Traz World Music A Loulé De 28 A 30 De Junho

O cartaz da 15ª edição do Festival MED Loulé, que vai decorrer de 28 a 30 de junho, está quase encerrado, e promete algumas novidades para este ano.

Este ano serão 78 horas de música divididas por 57 bandas, mais de 250 músicos de 18 países dos quatro cantos do mundo, alguns deles em estreia absoluta, que vão animar o Centro Histórico de Loulé.

Hanba!, da Polónia, e Ifriqiyya Electrique da Tunísia, são os mais recentes nomes que vão integrar o 15º Festival MED. O cartaz oficial fica assim completo e pela primeira vez na história do MED a Polónia vai estar representada.

Hanba! é um conceito ousado: imaginar que, no período entre Guerras, quando os movimentos fascistas na Europa cresceram em força, os trabalhadores alcançaram não apenas armas, mas também instrumentos musicais. A sua indignação produziu um punk rock tocado em acordeão, banjo, tuba e um tambor. Ha?ba (que se traduz em Desgraça!) foi descrito como cabaret folk.

Da Tunísia para Loulé, Ifriqiyya Electrique inspira-se no ritual de culto de Banga dos antigos escravos Haoussa da África Negra, estabelecidos na Tunísia às portas do Sahara. Os espíritos comunicam com computadores e guitarras elétricas para recompor este ritual ancestral, ilustrado por imagens hipnotizantes projetadas ao vivo para que o público se perca e grite com os seguidores do Banga.

Além destas confirmações irão atuar nos três palcos principais – Matriz, Cerca e Castelo – as bandas e artistas: Gato Preto (Gana/Moçambique/Portugal), Asian Dub Foundation (Reino Unido), 47 Soul (Palestina), Bonga (Angola), Los Milros (Peru), Sampladélicos DJ Set (Portugal), Teresa Salgueiro (Portugal), Ricardo Martins (Portugal), Hanba (Polónia), Ridding a Meteor (Portugal), Melech Mechaya (Portugal), Bruno Pernadas (Portugal), Metá Metá (Brasil), Bitori feat. Chando Graciosa (Cabo Verde), Sara Tavares (Portugal/Cabo Verde), Irmãos Makossa DJ Set (Portugal), Selecta Alice DJ Set (Portugal), Tribali (Malta), Dub Inc (França), Ifriqiyya Electrique (Tunísia), Gaiteiros de Lisboa (Portugal), La Pegatina (Espanha), Vurro (Espanha), Sam Alone&The Gravediggers (Portrugal), Miguel Araújo (Portugal), Morgane JI (Reunião) e Orelha Negra (Portugal).

A programação para os palcos secundários também está quase completa. Por aqui é possível assistir a um concerto enquanto se degusta alguns pratos tradicionais de Marrocos, Egito, Itália ou Brasil é a proposta do Palco Bica e do Palco Arco. NaBica, naquele que é também designado como “quintalão”, a programação nasce de uma parceria entre a Câmara Municipal de Loulé e a Casa da Cultura de Loulé que tem tido neste espaço um ponto de lançamento de novos artistas e projetos.

No dia 28 de junho, sobem a este palco o projeto brasileiro Primo, encabeçado por Bruna Caram, cantora, compositora, atriz, escritora e professora de canto, e o português Vasco Ramalho, que leva ao palco Essências de Marimba: Fados&Choros. No segundo dia do MED, o programa da Bica apresenta duas bandas louletanas de música alternativa, Badweather e Al-Khimia. Na noite de encerramento vai estar neste espaço o projeto espanhol Pólvora que mistura recitais de palavra falada e pop lírico com instrumentais chillout, e também António Caixeiro, um dos responsáveis pela criação do Grupo Coral Bafos de Baco da Cuba, revelando a importância do Cante Alentejano nas novas gerações.

Este ano a curadoria das noites dançantes do Palco da Bica será entregue ao coletivo que também compõe a espinha dorsal da banda galega Pólvora. Pela batuta do maestro Marcos de la Fuente aka Almagato, chegará até ao público o corporal perfume das noites da famosa ‘La Fiesta de los Maniquíes’ (A Festa dos Manequins), um local enigmático e cultural que marcou várias vertentes expressivas na noite de Vigo como local de experimentação e de animação conceptual. O programa inclui Almagato (World Music Dj Set), no dia 28; Manequins Dançantes – Almagato (Cool Beat Dj Set), no dia 29; Manequins Digitais – 2pas0s (Digital Live Set), no dia 30.

Já no Palco Arco, Nanook e Amar Guitarra são os artistas residentes que diariamente irão animar este espaço. Um espaço que contará com tasquinhas que irão funcionar com células fotovoltaicas, onde toda a energia necessária ao seu funcionamento (iluminação, frigoríficos, fornos, máquinas de café, etc.) será solar. Uma iniciativa que valeu uma distinção do Programa “Sê-lo Verde”.

O Jardim dos Amuados recebe um Palco dedicado à música e dança de raiz tradicional, em que as sonoridades dos artistas convidados são acompanhadas pela beleza das danças e colorido dos trajes. Este ano o Palco Jardim conta com a participação de Dhamar, da Índia (dia 28), Milo Ke Mandarini, de Espanha (dia 29) e Iman Kandoussi Trio, de Marrocos (dia 30).

O Palco Calcinha (uma das novidades deste ano), instalado no ex-líbris cultural da cidade conhecido por ter sido o local onde o poeta António Aleixo “escreveu” grande parte da sua obra, vai contar com muita poesia declamada por louletanos mas também com momentos musicais, num conceito de Café Concerto com o cantautor Afonso Dias que levará a sua música a este espaço.

Finalmente, outra das propostas neste extenso programa musical passa pelo Palco Mercado, onde todos os dias Bruno Maliji, cantor e compositor algarvio, e Eduardo Ramos, cantor e tocador de alaúde e outros instrumentos árabes, portugueses e africanos.

Toda a programação disponível pode ser vista aqui.

Os bilhetes são pagos a partir dos 12 anos e estão à venda online e em Loulé, e custam 12 euros o bilhete diário, 30 euros o bilhete para o Festival. O bilhete diário familiar custa 25 euros (válido para a entrada diária de 2 adultos + 2 crianças até 16 anos).

Autor:Texto de Sónia Ramalho
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