Festival Iminente – Quando A Arte Faz Sucesso

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

Festival Iminente 2017

Está a decorrer, desde sexta-feira, nos Jardim Municipal de Oeiras o festival Iminente. A iniciativa voltou a ser um sucesso, e voltou a repetir a fórmula mágica: arte urbana, um cartaz musical de luxo composto por nomes como Orelha Negra, Slow J, You Can’t Win Charlie Brown ou Capitão Fausto, que atuaram na primeira noite.

Uma frase, no portico de entrada perguntava “porque é que não tinham ficado em casa?”. O certo é que nem o vento frio que se fazia sentir na primeira noite demoveu os (felizes) portadores de bilhetes. Esgotadas à muito, as entradas, tornaram-se um bem precioso nesta noite.

Vive-se um ambiente relaxado, no recinto, ponto de encontro de amigos que aqui vêm ouvir uma ou outra banda em particular. Orelha Negra, em data de lançamento de disco, é uma das mais mencionadas.

Mas todos desfrutam do espaço e divertem-se a descobrir as obras de arte representadas. Muitas selfies com as peças de “As Mariazinhas” de Maria Imaginário, acompanhadas de gargalhadas. Outras tantas junto à identidade desta festa: as obras de Vhils.

Uma incursão no desconhecido, pela estufa do paque: o vídeo de Fábio Colaço, as instalações luminosas de Kruella D’Enfer e a inervenção de Berru pela “selva” dentro.
A galeria da Underdogs serviu de abrigo a uma pausa no confronto com o vento, mas também a oportunidade de levar uma obra de arte para casa.

Nas imediações, Pedro Coquenão punha a sua rádio a emitir, a partir de uma carrinha, dando eco ao seu projeto Batida.

A movimentação, neste festival é entre o palco principal, onde atuam as bandas e a pista, um daqueles espaços de carrinhos de choque, ponto de encontro nas feiras, que se transforma no plateau de dança.

Há djs, mas também a atuação de Mike El Nite, que só conseguiu ser visivel por aqueles que se chegaram ao espaço antes do tempo.

Slow J demonstrou que continua a crescer e a ser um dos nomes mais fortes da música nacional. Abriu o concerto com o mais recente tema “Fome” e conquistou um grande coro de vozes em “Arte” e “Vida Boa”. Contou, em palco, com vários convidados, entre eles Nerve, Gson e Papillon dos Grognation.

Throes + The Shine podiam não ser a banda mais conhecida, mas ninguém lhes ficou indiference. A combinação de rock com kuduro e música eletrónica torna-se contagiante, para mais com a atução envolvente de André do Poster, uma das vozes deste projeto.

A pista voltou a transbordar com a entrada da DJ Yen Sung. No início dos anos 90 começou a pôr música no Frágil e é DJ residente do Lux, desde a abertura em 1998.

Os Orelha Negra proporcionaram uma viagem mágica, a espalhar as novas sonosridades pelo jardim de Oeiras. Um bom cenário, sem dúvida, para esta atuação muito bem recebida pelo público.

O festival iminente continua esta domingo. estão previstas as atuações de Noiserv, Bruno Pernandas, Capicua e Carminho, entre outros. Os bilhetes encontram-se esgotados.

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