Exposição Villas E Jardins Dos Medici Na Toscana Para Ver Na Capela Do Palácio Nacional Da Ajuda

O Instituto Italiano de Cultura de Lisboa e o Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, apresentam a Exposição Villas e Jardins dos Medici na Toscana, organizada em colaboração com a Região Toscana em Itália, tendo sido criada e transposta graficamente e enriquecida por uma investigação de conteúdos, pelo ilustrador Paolo Marabotto.

O complexo Villas e Jardins dos Medici na Toscana, que faz parte da Lista dos Bens Culturais e Naturais do Património Mundial da UNESCO, é constituído por 14 vilas e jardins da família Medici situados na Toscana, região que foi a sua pátria e sede da Signoria que tem o seu nome.

A família dos Medici foi uma das mais importantes da época do Humanismo e do Renascimento, protagonista da História italiana e europeia do século XV ao século XVIII. O poder e a influência económica, política e territorial desta família, que enriqueceu graças a uma rede de atividades comerciais e financeiras, transpuseram as fronteiras territoriais a partir da zona de origem de Mugello, nos Apeninos, para se estenderem a toda a Toscana, Itália e Europa. Inúmeras personagens pertencentes à dinastia dos Medici foram figuras de relevo para a História moderna, entre as quais Lorenzo, o Magnífico, os papas Leão X e Clemente VII, e a rainha de França Catarina de’ Medici.

Assim, a família Medici dominou durante várias gerações a cena cultural, espiritual e científica do seu tempo: foram extraordinários mecenas das artes; a eles se deve a transformação do território na passagem da época medieval para a Idade Moderna, bem como contributos fundamentais para a revolução cultural que determinou o nascimento do pensamento moderno.

A expressão máxima do poder dos Medici cumpriu-se no formato de “villa com jardim”, uma nova modalidade de residência, sinal de um sistema extremamente inovador de gestão e organização do território, que marcou a passagem da ocupação feudal da terra e da tipologia imobiliária fortificada para uma conceção do território como lugar pacificado onde a arquitetura está numa renovada relação dialética e aberta com os elementos naturais pertinentes e a paisagem circundante.

Das 36 propriedades dos Medici registadas, apenas 14, escolhidas pela sua representatividade, entraram na Lista de Património Mundial, pela sua aclamada relevância cultural, artística e paisagística determinada por uma autenticidade e uma integridade funcional, estrutural e visual de exceção.

Neste complexo figuram os bens hereditários de Cafaggiolo e Trebbio, que pertenciam aos Medici desde o século XIV. Seguem-se a Villa de Careggi comprada em 1417, a de Fiesole de 1458, Castello de 1477, Poggio a Caiano iniciada em 1479, Petraia de 1544, o Jardim de Boboli de 1550, Cerreto Guidi de 1555, Seravezza de 1561, Pratolino de 1568, Magia de 1584, Artimino de 1593 e, por fim, Poggio Imperiale de 1622.

A exposição, de entrada livre, está patente na Capela do Palácio Nacional da Ajuda, de 11 de dezembro de 2020 a 31 de janeiro de 2021, das 10h00 às 17h00 (excepto às quintas-feiras).

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