A exposição integra peças do núcleo de faiança seiscentista do Museu de Évora, representativo da tendência oriental da cerâmica realizada nas oficinas de Lisboa, que anteriormente integrava a coleção do arcebispo de Évora, D. Frei Manuel do
Cenáculo.
Os contactos com o Oriente trouxeram para a Europa a seda, as especiarias e a porcelana chinesa, símbolo de luxo e exotismo, que depressa influenciou as gramáticas decorativas europeias. Exemplo disso é a adopção na azulejaria, primeiramente na holandesa e posteriormente na portuguesa, do branco e do azul, cores presentes na porcelana da dinastia Ming.
Muitas das peças apresentadas na exposição pertenciam a conventos, demonstrando que a tendência orientalizante estendia-se a todas as classes endinheiradas, como a nobreza, burguesia endinheirada e clero.
A exposição pode ser visitada até dia 12 de Setembro.
Texto de Clara Inácio e Fotografia gentilmente cedida pela organização