Enrique Iglesias Pôs A Altice Arena A Bailar

Reportagem de Tânia Fernandes e Rita Malpique

Nascido em berço musical, Enrique Iglesias pisa palcos há vinte anos, sempre a conquistar mais fãs. Esta quarta-feira, na Altice Arena, provou que a sua pop latina não é só mais uma música para consumo, no momento, e continua a arrebatar corações.

Tinha marcado encontro às 21h30, mas já passava quase uma hora quando surgiu triunfante em palco. Com uma grande produção e uma entrega total aos admiradores, acabou por fazer compensar a espera.

Abriu com “Freak” e pegou fogo com “I like how it feels ” onde mostrou a capacidade da pirotécnica que trouxe para esta digressão. Continuou com “Heartbeat” (com um cheirinho de entrada, na guitarra, a “Wicked Game” de Chris Isaak) mas foi com “Bailamos” que se sentiu o primeiro grande momento de euforia do público. Ainda que não estivesse esgotada, a lotação da Altice Arena estava muito bem composta é que ali pôs o pé vinha com intenção de abanar os quadrís e dar um passito sério de dança.

Depois de ser fazer ouvir, Enrique mostrou outro dos seus talentos, que é a relação e a interação com o público. Atravessou a Arena, num corredor que ligava a um pequeno palco, do outro lado do recinto e aí fez um set acústico. Aproveitou, antes, para cumprimentar o público e recordar a primeira vez que atuou em Portugal, em 1995.

Anunciou uma surpresa, uma recordação desses tempos, de uma música que gostava de ouvir na época: “Knocking on heavens door”, um original de Bob Dylan, na altura célebre no rock dos Guns’n’Roses.

Depois e relembrando o facto de ser feriado no dia seguinte, avisou que ia beber uns copos e ofereceu-se para encher os copos dos que estavam mais próximos dele, na plateia.

O regresso ao palco principal fez-se com varias interrupções para acarinhar os fãs. As imagens coloridas no ecra de fundo, juntamente com as luzes laser dos projetores ajudaram a criar o ambiente propício a receber as batidas de “Be with you” e “Tired”. Em “Escape” deu um dos momentos emocionantes na noite ao sair do palco, pela lateral e trepar ao primeiro balcão, literalmente pela parede (para desespero dos seguranças). De braços do ar, e abraçado pelos fãs incrédulos, continuou a cantar, qual príncipe que sobe à torre do castelo para resgatar a sua princesa… a terminar a música e já de regresso ao palco principal, provoca uma chuva de confettis por todo o recinto.

Depois de “Tired” retira-se uns momentos para regressar com um convidado muito especial. Desta vez, partilhou o grande êxito “Súbeme la radio” com o cantor angolano Anselmo Ralph.

“Hero” foi a balada da noite, cantada, com todo o sentimento. Enrique Iglesias dedicou-a as crianças do IPO, instituição à qual doou parte das receitas da bilheteira.

Ao longo da noite foi apanhando as lembranças que lhe atiraram para o palco e já perto do final, veste a camisola no número sete, da seleção portuguesa de futebol, num gesto de agradecimento ao local onde atuou e foi tão bem recebido. “El Perdon”, “Bailando” e “I Like it” são a reta final de uma noite muito animada. Balões gigantes saltitam no recinto, e na despedida, percebe-se que Enrique Iglesias deu, em Lisboa, um concerto de alma e coração.

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