O Encanto Da Flauta Mágica De Mozart Pelos Fatias De Cá Para Ver Na Mística Regaleira

Reportagem de Elsa Furtado (Texto e Fotos)

O Sol começa a por-se e a noite começa a tomar conta do céu, Pamina encontra-se no jardim com a sua velha ama, quando surgem as damas da rainha da noite e a mandam preparar-se para participar na festa que se avizinha e assistir aos sacrifícios – entre eles o de Papagena, mas a jovem princesa não quer e discute com elas, até que surge a sua mãe – a rainha da noite, a quem ela pede para não sacrificar a amiga, nem castigar a sua ama …

E assim começa a Flauta Mágica, entre reis e rainhas, príncipes e princesas e vários seres mágicos, que habitam na noite e no mundo imaginário da estória criada por Mozart e por Emanuel Schikaneder, apresentada pela primeira vez em Viena em setembro de 1791.

Em A Flauta Mágica acompanhamos as aventuras e desventuras de Pamina e Tamino, a jovem princesa filha da ambiciosa Rainha da Noite e do sábio Sarastro – guardião do Templo, e do príncipe Tamino, que ao saber que a princesa foi raptada se prontifica para a salvar, recebendo como ajuda uma flauta mágica que o vai proteger do perigo, das mãos da rainha.

A acompanhá-los vão estar os mortais Papageno e Papagena, em conjunto, as quatro personagens formam os dois pares amorosos da estória, que vão ter que passar por vários testes para provar que merecem ficar juntas.

A peça acaba com Tamino e Pamina a entrarem juntos no Templo da Sabedoria, depois de superarem as várias provas a que são sujeitos, e viverem assim a realização plena e a união ideal.

Esta é uma estória repleta de simbolismos e alegorias, considerada com um dos expoentes máximos das obras do universo maçón, que é possível ver este verão, no cenário místico da Quinta da Regaleira em Sintra, também ela um local associado ao universo da Maçonaria, adquirida em 1892 por António Augusto de Carvalho Monteiro, também conhecido por Monteiro Milhões, e com projecto arquitectónico do italiano Luigi Manini, numa produção dos Fatias de Cá.

A recepção aos espectadores começa pelas 20h00, com um cocktail de boas vindas, dando-se depois início à viagem pelo universo mágico da Flauta Mágica e da Quinta da Regaleira, passando por locais como o pátio do Palácio, a Capela da Santíssima Trindade, a Gruta de Leda, a gruta e o Poço Iniciático, os jardins, o Portal dos Guardiões, entre outros, integrados naturalmente na peça, fazendo deles o cenário ideal, sempre sob a vigilância da lua. No intervalo é servido um jantar e no final, ainda um pequeno bodo para despedida, até cerca das 23h30.

O espetáculo conta com encenação de Carlos Carvalheiro, e as interpretações de Alexandra Azevedo de Carvalho, Antonio Craveiro, Antonio Lourenço dos Santos, Carlos Carvalheiro, Claudia Guia, Inês Damasceno, Joana Jacob, João Damasceno, Paula Queirós, Paulo Moura, Pedro Nunes, e Sara Cruz.

A Flauta Mágica pode ser vista na Quinta da Regaleira, em Sintra, aos domingos, pelas 20h00, até dia 24 de setembro, estando classificada para maiores de 12 anos. Os bilhetes custam 33 euros e estão à venda no loca e online (aconselha-se a fazer reserva previamente). É recomendada a utilização de agasalhos e de calçado confortável.

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