E as 7 Maravilhas Naturais de Portugal são …

Reportagem de Elsa Furtado (texto e fotos)

Os Açores foram a grande região vencedora da eleição das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, com duas maravilhas vencedoras e mais três entre as 21 finalistas, numa eleição que contou com cerca de 650 000 votos.

Numa gala inspirada no mar e nos marinheiros, que contou com bailarinos, trapezistas (oriundos de vários países) e Mariza como atracção musical principal, foram dadas a conhecer as 7 Maravilhas Naturais de Portugal, em directo das Portas do Mar em Ponta Delgada.

Entre “Gente da Minha Terra” e “Barco Negro” e várias salvas de palmas foram anunciadas as 7 Maravilhas vencedoras. Na Categoria de Zonas Aquáticas não Marinhas – a Lagoa das 7 Cidades (Açores); na categoria de Grandes Relevos – a Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico (Açores); na categoria de Praias e Falésias venceu o Portinho de Arrábida, na região de Setúbal (Alentejo), e na de Florestas e Matas a Floresta Laurissilva na Região Autónoma da Madeira; na categoria de Grutas e Cavernas, as Grutas de Mira de Aire (Região Centro), e na de Zonas Marinhas a Ria Formosa, no Algarve: e na categoria de Zonas Protegidas, o Parque Nacional da Peneda-Gerês, (na região Norte) que tem 72 000 hectares, distribuídos por quatro concelhos do norte do país.

No final da Gala, Luís Segadães, responsável das New 7 Wonders Portugal, anunciou a realização de uma nova iniciativa, a ter lugar em 2011, “Produção dos Grandes Valores da Identidade de Portugal”, que vai abranger categorias como: Música, Desporto, Vinho e Gastronomia.

A gala terminou com um esplendoroso fogo-de-artifício, a que se seguiu uma festa animada por Paulino Coelho, com a marca da Rádio Renascença, que assinalou também neste dia, o início das suas emissões nos Açores.

As 7 Maravilhas Vencedoras:

Floresta Laurissilva

A Floresta Laurissilva, na Região Autónoma da Madeira, circunscreve-se essencialmente à costa norte da Ilha da Madeira. Ocupa cerca de 15.000 hectares e está incluída na área do Parque Natural da Madeira.

A origem remonta ao Período Miocénio e Pliocénio da Época Terciária há cerca de 20 milhões de anos. O nome Laurissilva resulta da conjunção do latim laurus e silva que simplificam loureiro e floresta.

As suas árvores centenárias são monumentos naturais que em contacto com todos os outros seres fazem com que a Laurissilva seja considerada uma Relíquia Viva e detentora de uma grande Biodiversidade comportando espécies exclusivas, constituindo um autêntico Laboratório Vivo.

Até meados do século XX a área de Laurissilva, teve uma redução progressiva, mas a partir da década de 70, com o surgimento de maior consciencialização da importância de Património Mundial da UNESCO, aliada a uma legislação mais adequada, tem-se verificado uma recuperação crescente da área florestal.

Paisagem Vulcânica da Ilha do Pico

A montanha do Pico é o ponto mais alto de Portugal e o seu formato cónico é o marco mais evidente da origem vulcânica da ilha a que deu o nome. A sua riqueza geológica, as particularidades da sua vegetação, adaptada às condições adversas da montanha, associadas à sua exuberância paisagística, de onde se pode desfrutar a imensidade dos oceanos e avistar as ilhas do grupo central do Arquipélago dos Açores, fazem do Pico um dos mais belos vulcões do Mundo. Cobre-se frequentemente de neve no Inverno e é o maior atractivo desta ilha negra de basalto, com o qual foram edificados os muros dos currais de vinha, actualmente Paisagem Protegida da Vinha do Pico e Património da UNESCO.

Grutas de Mira de Aire

Descobertas em 1947, as Grutas de Mira de Aire, para além da sua beleza natural, são ainda, as maiores grutas turísticas do país, tendo o público acesso a 700 m dos 11 km que as compõem.

As grutas apresentam uma abóbada natural de calcário composta por estalactites e estalagmites de aspecto raro e deslumbrante. A beleza e importância ecológica destas grutas, associadas a um polje com inundações periódicas, tornam-nas um local de indiscutível interesse turístico e espeleológico.

Portinho da Arrábida

O Portinho da Arrábida é, sem sombra de dúvidas, uma das mais belas praias da costa portuguesa. Neste pequeno lugar, situado no sopé da Serra da Arrábida, fundem-se de forma harmoniosa mil e uma variações de tons cromáticos, entre o azul do mar e o verde da vegetação mediterrânea única da Serra, o branco do calcário, salpicados ainda pelo contraste das habitações existentes e das embarcações ancoradas na enseada.

Num panorama de cortar a respiração avistam-se ainda a Pedra da Anixa, testemunho do avanço do continente, o Convento da Arrábida e, mais ao fundo, a península de Tróia.

Mesmo em frente à praia localiza-se o Parque Marinho Professor Luís Saldanha, que se estende até ao Cabo Espichel e que se destaca pela biodiversidade sem paralelo a nível nacional ou europeu, conhecendo-se mais de 1000 espécies de fauna e flora marinhas.

Lagoa das Sete Cidades

Cenário natural de beleza única desde sempre envolto em misticismo, palco ideal para lendas que ao longo dos séculos enlevaram o imaginário colectivo, que se quedava perplexo perante tamanha grandeza natural e esplendor divino, as Sete Cidades são incontestavelmente uma das mais belas e emocionantes paisagens do Arquipélago dos Açores.

Localizado a Noroeste da Ilha de S. Miguel, no concelho de Ponta Delgada, o complexo vulcânico das Sete Cidades, local de elevada importância geológica, ecológica, hidrológica, e paisagística, é uma das imagens mais simbólicas das ilhas açorianas e um dos mais valiosos recursos turísticos da Região Autónoma dos Açores.

Ria Formosa

A Ria Formosa é um vasto ecossistema de características ecológicas singulares, que se estende por uma área de cerca de 20.000 hectares e 60 quilómetros de costa, no Sotavento Algarvio, entre a Praia da Manta Rota, a Leste, e a Praia do Ancão, a Oeste.

Considerada Parque Natural desde 1987, classificada como Zona Húmida de Interesse Internacional pela Convenção de Ramsar devido à sua importância como habitat de aves aquáticas e integrada na Rede Natura 2000, como sítio de importância comunitária e como Zona de Protecção Especial, é um sistema lagunar complexo, enquadrado por duas penínsulas e várias ilhas-barreira.

Parque Nacional da Peneda-Gerês

O Parque Nacional da Peneda-Gerês tem 72.000 hectares de área protegida de cinco concelhos do norte de Portugal.

Apresenta-se como única área protegida com estatuto de Parque Nacional, criada em Portugal, em 1971, pelo Decreto-Lei n.º 187/71, de 8 de Maio, com o propósito de valorizar as actividades humanas e os recursos naturais, com finalidade educativa, turística e científica. Geograficamente, alonga-se desde a Serra do Gerês, posicionada a Sul, passando pela Serra da Peneda e Amarela, até à fronteira espanhola. Naturalmente, este estatuto consagra-se pelas suas características naturais associadas aos aspectos geológicos, geomorfológicos e biológicos.

<strong><span style=”font-size: medium;”>Parque Nacional da Peneda-Gerês</span></strong>

<strong><a href=”https://chmagazine.pt/wp-content/uploads/2010/08/geres.jpg”><img class=”alignright size-medium wp-image-18673″ title=”geres” src=”https://chmagazine.pt/wp-content/uploads/2010/08/geres-300×225.jpg” alt=”” width=”300″ height=”225″ /></a></strong>O Parque Nacional da Peneda-Gerês tem 72.000  hectares de área protegida de cinco concelhos do norte de Portugal.

Apresenta-se como única área protegida com estatuto de Parque Nacional, criada em Portugal, em 1971, pelo Decreto-Lei n.º 187/71, de 8 de Maio, com o propósito de valorizar as actividades humanas e os recursos naturais, com finalidade educativa, turística e científica. Geograficamente, alonga-se desde a Serra do Gerês, posicionada a Sul, passando pela Serra da Peneda e Amarela, até à fronteira espanhola. Naturalmente, este estatuto consagra-se pelas suas características naturais associadas aos aspectos geológicos, geomorfológicos e biológicos.

Madrinha: Rosa Mota

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<span style=”font-size: medium;”><strong>Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina</strong></span>

<strong><a href=”https://chmagazine.pt/wp-content/uploads/2010/08/vila_nova_milfontes.jpg”><img class=”alignright size-medium wp-image-18675″ title=”vila_nova_milfontes” src=”https://chmagazine.pt/wp-content/uploads/2010/08/vila_nova_milfontes-300×225.jpg” alt=”” width=”300″ height=”225″ /></a></strong>Longa faixa costeira desde a Ribeira da Junqueira (concelho de Sines) até ao Burgau (concelho de Vila do Bispo) e uma faixa marítima de 2 km ao longo de mais de 100km de orla costeira. É uma zona única a nível nacional e europeu pelo elevado estado de conservação do litoral e riqueza ambiental e paisagística que a caracterizam.

Zona de interface mar-terra de enorme valor geológico, de contacto de várias regiões biogeográficas, encerra grande diversidade de habitats – arribas escarpadas caindo sobre o mar, praias de areia fina, zonas charneca, sapais, estuários, lagoas e cursos de água temporários, muitos prioritários do ponto de vista da conservação a nível europeu.

A faixa costeira tem grande importância sob o ponto de vista geológico dadas as excepcionais condições de observação das séries estratigráficas expostas pela erosão marinha.

Padrinho: Tim

<span style=”font-size: medium;”><strong>Reserva Natural da Lagoa do Fogo</strong></span>

<a href=”https://chmagazine.pt/wp-content/uploads/2010/09/418_2.jpg”><img class=”alignright size-medium wp-image-19401″ title=”418_2″ src=”https://chmagazine.pt/wp-content/uploads/2010/09/418_2-300×201.jpg” alt=”” width=”300″ height=”201″ /></a>A Lagoa do Fogo, classificada desde 1974 como Reserva Natural, na sua grandiosidade e beleza dramática, com água de um azul que vai do escuro anil ao turquesa, contornada aqui e ali por praias de areia branca e rodeada por margens cobertas de vegetação que não consegue ocultar os efeitos das poderosas forças vulcânicas que lhe deram origem, é uma das paisagens mais impressionantes do Arquipélago dos Açores.

Situada no centro da ilha a 575m de altitude, com uma profundidade máxima de 30m, a Lagoa do Fogo, encontra-se rodeada por densa vegetação endémica e ocupa a enorme caldeira do vulcão do fogo, de forma elíptica e dimensões aproximadas de 3 x 2,5km, apresentando paredes com desníveis máximos de 300m.

Padrinho: Prof. Galopim Carvalho

<address><span style=”font-family: comic sans ms,sans-serif;”>Fotos de: Sara Santos e </span><span style=”font-family: comic sans ms,sans-serif;”>New 7 Wonders Portugal</span> </address>

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