Os músicos, esses, não são menos que geniais: desfilam pelo palco como se de uma passerelle se tratasse, presenteando-nos com olhares brincalhões e com as suas criações e improvisações musicais cintilantes, só ao alcance de uns poucos privilegiados neste planeta.
Cada tema iniciou com o típico e descontraído “One, Two, One, Two, Three” lançado por Paul Mercer e seguiu depois pelos caminhos sinuosos e intoxicantes das melodias de Duke Ellington, com os metais e as palhetas a produzirem sons quentes e triunfais explorando, sempre que se adequava, os agudos dos trompetes e o efeito “Wah-Wah”, bem à imagem do Mestre.
Tocaram grandes “standards” como “Sophisticated Lady”, “In a Mellow Tone”, “Take the A Train”, “In a Sentimental Mood” ou “It Don’t Mean a Thing” de forma exemplar, durante cerca de uma hora e meia, e no final o público que enchia por completo o auditório do TEMPO recusou-se a sair sem antes levar para casa dois “encore”.
Um espetáculo que trouxe à superfície toda a virtuosidade cintilante e energia juvenil do legado Ellington, num concerto resplandescente.