A Grécia merece destaque, enquanto aglutinadora das atenções globais, na secção Foco Grécia, que apresenta uma retrospetiva do cinema produzido no país nos últimos 50 anos, dando assim a conhecer a sua evolução social e política desde a ditadura dos coronéis até à atualidade.
Este ano, o DocLisboa dedica a primeira e mais completa retrospetiva a Zelimir Zilnic, realizador sérvio que filmou a desintegração da Jugoslávia e estará em Lisboa para duas masterclasses.
Já na secção Cinema de Urgência, em parceria com o Centro Português de Refugiados, propõe-se que os espectadores troquem o custo do bilhete por uma contribuição em géneros. No cartaz estão, entre outros, curtas-metragens sobre o êxodo migratório de refugiados para o continente europeu e filmes sobre abusos policiais nos Estados Unidos.
Heartbeat, secção dedicada à relação entre o cinema e a arte (em especial, a música) inclui, por exemplo Celeste, de Diogo Varela Silva, Porque não Sou o Giacometti do Século XXI, de Tiago Pereira e ainda a estreia mundial de Daft Punk Unchained, de Hervé Martin-Delpierre.
Dos 236 filmes selecionados, 46 são portugueses. Destaque para A Glória de Fazer Cinema em Portugal, de Manuel Mozos (na competição internacional); Portugal – Um dia de cada vez, de Anabela Moreira e João Canijo, e Vila do Conde expraiada, de Miguel Clara Vasconcelos, ambos na competição nacional.
O encerramento, esse cabe a El Botón de Nácar, filme que aborda a história chilena, mas desta vez tendo como fio condutor a relação com o mar.
Organizado pela associação cultural Apordoc – Associação pelo Documentário, o DocLisboa decorre decorrerá no cinema São Jorge, Culturgest, Cinemateca, Cinema Ideal, Cinema City Campo Pequeno e Museu da Electricidade.
Os bilhetes, à venda na Culturgest e online, custam 4 euros.
Texto de Alexandra Gil