Nem a chuva miúdinha, o jogo decisivo da selecção ou a interminável fila para levantar os bilhetes e entrar no recinto desmotivaram o público de idades variadas que assistou ao concerto, três anos depois da anterior actuação. O entusiasmo era visível.
Com um enorme ecrã de vídeo como pano de fundo, e envolvida num intenso e bem conseguido jogo de luzes e imagens, a performance de Dave Gahan foi entusiasta e envolveu o público, ainda que os mais atentos e exigentes lhe tenham apontado algum cansaço na voz e uma actuação menos poderosa. Martin Gore teve direito a três temas a solo, um dos quais o impressionante e intimista “Home”.
O alinhamento incluiu alguns temas do último álbum, Sounds of The Universe, mas também alguns dos incontornáveis clássicos dos álbuns mais antigos, bem como algumas escolhas menos óbvias e consensuais.
“Stripped”, “Behind The Wheel” e “Personal Jesus” fecharam a actuação, e a sensação que ficou no ar foi que todos esperavam mais, num segundo encore que não chegou a acontecer.
Texto de Alexandra FonteFotos de Sara Santos