Dead Combo revitalizam São Jorge

Já eram 22h00 quando a dupla Dead Combo entrou em palco, na terça-feira, no Cinema São Jorge em Lisboa, com o tema “Janela”, um início calmo para o que se previa um concerto com as tendências lusas.
Tó Trips e Pedro V. Gonçalves pegaram na guitarra e no violoncelo num palco de rosas vermelhas e enigmático com malas vazias a encher de som. Um ambiente arrepiante.
Cada música tinha uma história e cada uma delas como que, uma vida por trás, passaram pela “Sopa de Cavalo Cansado” a brindar “à malta do campo”.
Na “Cuba 1970” entrou a Royal Orquestra das Caveiras, a fazer jus do nome à figura, com caras pálidas e olhos pintados a preto, estava agora criado o ambiente perfeito para um ambiente ainda mais “Tim Burton”.
A dupla mostrou todo o talento e improviso de sons, até com uma moeda dentro da guitarra do Trips foi feito som.
A humildade também os acompanhava, a dizer-nos “Nunca pensamos encher esta sala, e olhem para isto, está cheio”, e estava. E o público era vasto em idades, dos 8 aos 80.
“O Assobio” dedicado ao avô de Tó e “à malta das obras que parecem os unicos que agora assobiam”  seguido de “Electrica Cadente” e pela nova música “Nat” mostraram a garra destes senhores que numa caminhada até ao Bairro Alto se decidiram juntar a fazer o que realmente gostam, mensagem essa deixada também pelos artistas “Façam o que gostam que a vida é só isso”.
Quase uma hora e meia de concerto e o público aplaudiu de pé o que parecia ter sido o fim, mas não! Para encanto de todos voltaram e deram um encore de três músicas “Lisbon/Berlim”, “Cacto” dita como a primeira musica de Dead Combo e a última “Malibu Fair”.
E Tó e Pedro agradeceram de novo a presença do vasto público “Não sei como nos aturam”.
Um misto de humildade e talento que deixou todo o público a aplaudir a banda e os esperar para uma troca de palavras, ou quem sabe uns conselhos.
Reportagem e fotos de Patrícia Vistas
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1 Comentário

  1. Bem, tenho mesmo pena de ter falhado este concerto e pela descrição… fiz mesmo mal em ter falhado! 🙁 O ambiente que as fotos transmitem está espectacular, principalmente as 3033, 3059 e então a 3075 podia muito bem entrar para a capa de um cd deles!!! Parabéns pelos momentos “apanhados”… Um “assobio” à reportagem!

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