Os Dead Combo apresentaram ontem à noite, no Coliseu de Lisboa, o Odeon Hotel. O sexto álbum de originais é um disco que, pela primeira vez na história da banda, será editado em todo o mundo. E de todo o mundo foi a música que se ouviu, num espetáculo que comprovou que nem sempre são necessárias as palavras, para sentirmos, na e através da música, aquilo que é nosso e que verdadeiramente nos representa.
Com as participações especiais dos convidados Mark Lanegan e Alain Johannes, músicos norte americanos, Tó Trips e Pedro Gonçalves, e a sua banda, trouxeram ao Coliseu a universalidade do Fado, do Rock, do Jazz e dos ritmos africanos.
No Odeon Hotel dos Dead Combo tocaram-se temas antigos como “Rumbero”, “Cuba 1970”, “Elétrica Cadente” e “Esse Olhar”, um dos momentos mais íntimos e aplaudidos da noite. Mark Lanegan deu voz a “I Know, I Alone”, considerado um dos mais belos poemas, escritos em língua inglesa, por Fernando Pessoa.
No palco, estiveram presentes todos os figurantes que integraram a capa do álbum Odeon Hotel e que simbolizam a multiplicidade cultural de uma nova Lisboa, uma cidade cosmopolita, aberta e virada para o Mundo.
A noite terminou ao ritmo de “Lisboa Mulata”, com um público vibrante e apreciador de sons alternativos, de guitarras e contrabaixos vigorantes e intensos. A noite foi de música séria e honesta. Bem vindos ao Odeon Hotel.