Cordyceps Para Ver no Teatro Viriato

Sobe hoje, dia 9 de junho, pelas 21h00, ao palco do Teatro Viriato, em Viseu, o espetáculo Cordyceps, de Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça.

Em Cordyceps, os artistas propõem “trazer para o contexto teatral a discussão sobre a liberdade e as suas variáveis, explorando a cena como lugar totalitário, eminentemente estéril em pensamento, autonomia e expressão.”

Um espetáculo que se passa durante o último dia da democracia. Um fungo ideológico tomou conta da humanidade, e controla agora o seu pensamento e o seu livre-arbítrio. Como consequência, este é o último espetáculo que terá oportunidade de ver. Um espetáculo que nos convida a entrar num mundo onde as liberdades individuais são colocadas em causa. “Depois de instaurada uma nova Ordem Mundial, já não resta nenhum país onde este sistema subsista. Com a sua extinção desaparece também o acesso à cultura, à literatura e a qualquer forma de expressão e pensamento livre. Por consequência, este é o último espetáculo que fazemos”, referem Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça.

O mote de Cordyceps é só um: assistir ao último espetáculo livre e aproveitar bem o tempo. Será uma ocasião feliz, como a despedida de um lugar ao qual nunca regressaremos, onde a política e a ficção, o futuro e o agora, dão origem ao protótipo de uma sociedade distópica. “E é, provavelmente, o último espetáculo que terão oportunidade de ver. Assim sendo, o tempo terá de ser muito bem aproveitado. Dispomos apenas de uma hora e meia sem intervalo e não nos passa pela cabeça dramatizar sobre o desfecho trágico e inevitável do qual todos faremos parte. Queremos que esta seja uma ocasião feliz, como a despedida de uma casa à qual nunca regressaremos. Como tal, não poderá faltar comida, bebida, música, uma lista infindável de convidados, jogos à mesa, segredos partilhados a um canto, vizinhos que ameaçam chamar a polícia, vizinhos que chamam mesmo a polícia, a polícia a bater à porta e a juntar-se à festa, armas a circular nas mãos dos convidados, drogas leves, uns que adormecem, outros que ocupam o sofá com conversas filosóficas”, explicam.

A peça, para maiores de 12 anos, e dura aproximadamente 105 minutos.

Os bilhetes estão à venda por 5 euros, nas frisas e 10 euros, plateia e camarotes.

Autor:Texto de Rosa Margarida
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