A 30ª edição do Fantasporto decorre entre 22 de Fevereiro e 7 de Março, no teatro municipal Rivoli e no Espaço Cidade do Cinema, onde serão exibidos mais de 400 filmes, entre longas e curtas-metragens.
Esta edição dá especial destaque ao cinema francês, do qual será feita uma retrospectiva, mas também ao cinema português, exemplo disso é a presença de quatro filmes nacioais da lista de 11 curtas-metragens seleccionadas para a competição.
Os filmes que vão ser exibidos no Fantasporto são filmes extremamente recentes, contando o festival com muitas antestreias europeias e duas mundiais, sendo, no entanto, a grande maioria nacionais.
Depois de José Fonseca e Costa, em 2009, é a vez do produtor e realizador Luís Galvão Teles ser o homenageado português do “Fantas”. Galvão Teles, autor do aclamado “Elas” (1997) e de “A Confederação”, lançado na ressaca da revolução de 1974, escolheu seis filmes da sua carreira para serem exibidos no festival.
No último ano do Fantas houve uma ligação estabelecida entre o cinema e a arquitectura. Este ano, são delineados dois programas distintos que relacionam o cinema com os efeitos especiais, para o qual contribui uma parceria com a Universidade do Porto, e com a robótica.
Para os efeitos especiais vão ser feitas várias masterclasses com dois nomes importantes desta área a nível mundial, um dos quais ganhou três Óscares com o filme do Guillermo del Toro, O Labirinto do Fauno. David Marti e Colin Arthur, especialistas em efeitos especiais, vão ministrar dois workshops sobre estas técnicas.
“Solomon Kane” abre as hostes e “TheCrazies” encerra com chave de ouro
A sessão de abertura oficial do festival está marcada para o dia 26 de Fevereiro, no Grande Auditório do Rivoli, com a estreia de Solomon Kane, produzido por Samuel Hadida e dirigido por Michael J. Basset, um filme inspirado num livro de Robert E. Howard.
O encerramento será feito com o filme The Crazies, do realizador Breck Eisner, estando previsto para o último dia, como é habitual, o Baile dos Vampiros.
O programa conta ainda com as tradicionais secções oficiais competitivas do festival – Cinema Fantástico, Cinema Fantástico em curtas metragens, Semana dos Realizadores e Orient Express – e com uma programação paralela onde se contam várias actividades como colóquios, debates, apresentações de livros e de discos, mesas-redondas e conferências de imprensa.
Na secção oficial de cinema fantástico, destacam-se filmes como Embargo, do português António Ferreira, a partir da obra com o mesmo nome de José Saramago, Splice, de Vincenzo Natali, e Thrist, de Chan-Wook Park, que passou pelo último Festival de Cannes. Outro dos momentos altos será Fish Tank, de Andrea Arnold, vencedor do prémio do júri em Cannes.
Por Cristina Alves