Cidade De Setúbal Promove Festival De Artes

Entre os dias 2 e 10 de julho de 2020, decorre em Setúbal a segunda edição da Mostra de Artes Performativas de Setúbal (MAPS), organizada pela Câmara Municipal.

Nesta segunda edição, a MAPS apresenta apenas performances de artistas nacionais de múltiplas manifestações artísticas, gratuitas, dirigidas a vários públicos, em que a liberdade, a igualdade e questões de género, o consumo, o trabalho e a corporalidade constituem alguns dos principais temas.

Esta mostra visa promover a interação, a fruição e a valorização do património através da apresentação de espetáculos que fomentam o acesso às artes, que asseguram a diversificação, a descentralização e a difusão da criação artística e incentivam a captação de diferentes públicos.

A abertura, a 2 de julho, às 19h00, no antigo Armazém de Papéis do Sado, agora denominado A Gráfica – Centro de Criação Artística, é feita com a exposição “CTRL + ALT + ERROR”, pela Revista FOmE, em continuidade com uma instalação do artista João Fortuna.

No dia da abertura, a MAPS é também palco da estreia absoluta, às 21h30, em A Gráfica – Centro de Criação Artística, de “Poema à Duração”, projeto encenado por Jean Paul Bucchieri a partir do texto homónimo do austríaco Peter Handke, Prémio Nobel da Literatura em 2019.

Com interpretação de João Lagarto e colaboração dramatúrgica de David Antunes, esta peça teatral, que se assume como uma reflexão filosófica sobre o conceito de duração e de tempo, regressa àquele local no dia 8 de julho às 21h30.

No dia 3 de julho, pelas 21h30, em A Gráfica, decorre uma performance de dança por Beatriz Dias, intitulada Musculus, igualmente, no âmbito da primeira edição da plataforma Interferências, de apoio à criação artística da Companhia Olga Roriz.

No mesmo dia e no mesmo local, a MAPS dedica uma conversa sobre “Programar em Espaços Não Convencionais”, a partir das 19h00, organizada pela Revista FOmE.

A 4 de julho, às 15h00 e às 17h00, no Jardim do Bonfim, Catarina Requeijo interpreta Muita Tralha Pouca Tralha, e, às 16h00 e às 18h00, no mesmo local, o Teatro Só apresenta Sómente, peça teatral sem diálogos, que faz o retrato de um homem que permaneceu jovem de coração, mas que está preso num corpo desgastado pela passagem do tempo.

Ainda da programação de dia 4, no Jardim do Bonfim, destaca-se, às 19h00, a performance artística de Ricardo Guerreiro Campos Que Sabemos Nós da Multidão?, que se repete nos dias 7, às 20h30, em A Gráfica, e 9, às 19h00, na Praça de Bocage.

O espetáculo insere-se numa linha de investigação visual e performativa, centrada no questionamento do corpo enquanto mecanismo de produção e interpretação de imagens.

No dia seguinte, 5 de julho, às 15h00 e às 17h00, em A Gráfica, há Photomaton, espetáculo do compositor e multi-instrumentista Fernando Mota, que parte de uma enorme mala de onde vão saindo objetos, sons e histórias que nem sempre precisam de palavras.

Entre as 19h00 e as 20h30, na Baixa e no centro histórico, realiza-se o espetáculo musical Nessun Dorma. Que Ninguém Durma! Que Ninguém Durma!, composto por árias de ópera do século XVII ao XIX, com direção artística de Jorge Salgueiro.

Na segunda-feira, dia 6 de julho, das 19h00 às 22h00, destaque para as performances, em A Gráfica, com Rita Vilhena e Yael Karavan, em MA-MA, uma reflexão, entre outros, sobre o planeta Terra, as mudanças climáticas e o aquecimento global.

Nos dias 7, das 19h30 às 20h30, e 8 de julho, das 19h00 às 23h00, há um eco da performance da dupla de artistas com a instalação MA-MA.

A mostra reserva para dia 7, pelas 21h30, em A Gráfica, EX(AM), uma peça teatral de Tiago Bôto e Wagner Borges, que se assume como uma proposta de exame numa reflexão ficcional e real, em formato de observatório.

No dia 9 de julho, às 21h30, na Praça de Bocage, realiza-se o espetáculo/instalação da companhia sineense Teatro do Mar, Asas d’Areia, que funde o vídeo documental e o conceptual com o circo contemporâneo, nomeadamente a arte do equilíbrio, no arame e na corda bamba, a dança e as formas animadas.

Ainda no dia 7, mas pelas 19h00, o certame proporciona, em A Gráfica, a oportunidade de “Ser artista emergente na linha do Sado”, conversa dinamizada pela Revista FOmE.

A MAPS encerra dia 10 de julho, pelas 19h00, em A Gráfica, com Movimento Zebra, projeto de formação teatral do Teatro O Bando, que integra Setúbal, Território Intercultural – Conceção e Implementação do Plano Municipal para a Integração de Migrantes.

O MAPS acontece dentro e fora de portas, estruturas como o Teatro Só, Teatro do Mar, Coro Setúbal Voz e Teatro O Bando fazem as honras da “casa” e convidam o público a deambular pela cidade. Entre A Gráfica (antigos armazéns Papéis do Sado), o Jardim do Bonfim e as ruas da Baixa da cidade será possível sentir o pulsar artístico que a cidade respirará entre 2 e 10 de julho.

Cada espaço de apresentação terá uma lotação limitada, de acordo com as regras e as medidas delineadas pela Direção Geral de Saúde.

Todos os eventos são de entrada livre mediante reserva obrigatória através do email: maps@mun-setubal.pt .

Autor:Texto de Ana Francisca Bragança
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