Reportagem de Alexandra Gil (Texto e Fotos)
Para Luís Ferreira, o caráter anual irá facilitar o trabalho da incansável equipa do SCOCS – Sport Clube Operário de Cem Soldos, e justifica-se pelo sucesso que o evento tem tido desde a sua primeira edição em 2006. A saber, passarem pelo Bons Sons cerca de 138 mil visitantes, que desfrutaram deste festival inteiramente dedicado à música portuguesa, sendo agora tempo de pensar numa dimensão internacional. Importa agora não apenas ter três dias de festa, mas dinamizar o projeto e expandi-lo durante todo o ano.
Nesta edição, a aldeia volta a receber oito palcos, entre os quais a igreja, a eira ou a praça central. Quanto ao cartaz, muitos são os nomes esperados. Camané, Ana Moura e Clã são apenas alguns. A estes juntam-se, por exemplo, Carlão, Peixe:Avião, Tio Rex e Janeiro. Tó Trips e Benjamim, que brindaram a imprensa com um showcase durante a apresentação do festival, são mais dois nomes a ter em conta. Há ainda lugar a música para os mais pequenos a cargo das crianças de Cem Soldos, exposições, cinema, passeios de burro e muitas outras atividades.
Como vem sendo hábito, toda a população participa no evento, tendo na verdade o festival uma vertente social. Sem fins lucrativos, o Bons Sons vê as suas receitas reverterem para projetos que valorizam a aldeia, tais como o Lar Aldeia – de apoio à terceira idade – ; o Casa Aqui ao Lado – residência artística – ou o Avós & Netos, iniciativa transgeracional, em que se destaca a oficina de produção de Tixas, as mascotes do festival feitas manualmente por senhoras idosas e seus netos.
O passe para 4 dias – com campismo incluído e disponível nos locais habituais – custa 30 euros, até junho, passando a 35 durante os meses de julho e agosto. Já o bilhete diário, disponível a partir de julho, tem o preço de 15 euros.