Ben Howard Em Lisboa Só Para Os Verdadeiros Admiradores

Reportagem de Tânia Fernandes e António SIlva

Ben Howard

Quem partiu do Spotify para o Coliseu dos Recreios, este domingo, pouco reconheceu do que ouviu. Para o primeiro concerto da digressão, em Lisboa, Ben Howard trouxe quase só temas do novo trabalho, Noonday Dream, com data de edição marcada para junho de 2018.

Este novo disco ocupou o cantor e compositor inglês nos últimos dois anos. Foi composto e produzido pelo próprio, com o apoio de um colaborador habitual e membro da banda Mickey Smith. O trabalho é uma evolução da sonoridade de Ben Howard, rica em emoções.

O Coliseu de Lisboa encheu para descobrir a sua música. A maior parte dos temas foram tocados em estreia absoluta e recebidos com ruidosa aprovação pelo público que encheu a sala de espetáculos de Lisboa. O recinto foi quase uma sala de estar para os músicos que ocuparam o palco. Cada um ficou confinado ao seu espaço, delimitado por carpetes, rodeados dos respetivos equipamentos de som. Ben Howard, ao centro, foi parco em palavras. Ficou-se por pontuais agradecimentos ao público. De olhos fechados ou fixos no chão, concentrou-se no que de melhor sabe: a sua música.

Ao fundo, os ecrãs foram projetando imagens que acompanharam esta viagem musical. Bonitas melodias, capazes de criar um ambiente incrível. Começou com “A Boat to an Island on the wall”e continuou com um dos avanços deste disco “Nica Libres at dusk”. Seguiu-se “Untitled”, “The defeat”, “Towing the line”, “What the moon does” e “Agathas Song”. Todas do novo disco, todas desconhecidas, muitas tocadas ao vivo em estreia absoluta. Foi preciso chegar ao oitavo tema para se sentir um reconhecimento da música, da parte do público, com “I Forget where we were”. O calor manteve-se em “Small Things” para voltar a mergulhar o ambiente nos desconhecidos “Someone in the Doorway” e “There’s your man”.

Com uma hora e meia de concerto, Ben Howard poisa a guitarra e acena numa breve despedida. A banda regressa para um breve encore e o cantor deixa de lado o percurso que o tornou conhecido. Traz três canções antigas, mas pouco óbvias: “End of the Affair”, “Promise” e Conrad”. Assim fechou uma noite de descoberta de novas músicas, sem permitir abrir gavetas de memórias.

Na primeira parte, ouviu-se a folk de The Dead Tongues. Trata-se do projeto do musico, cantor e compositor Ryan Gustafson. Sozinho em palco, o músico americano conquistou o público com melodias simples, carregadas de reflexões sobre o amor, a solidão e a vida em geral. Tem um novo trabalho, editado este ano, com o título de “Unsung Passage”. Uma boa combinação de folk com blues e um toque de música country.

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