O Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, agora designado de Amadora BD, celebra este ano o seu 20.º aniversário com diversas iniciativas, como homenagens a Vasco Granja e Adolfo Simões Muller,
Maurício Sousa, criador da famosa Mônica e seus companheiros é homenageado numa sala dominada por uma versão gigante do coelho da menina rebelde, e onde são exibidos pela primeira vez em Portugal, os primeiros desenhos que elaborou para esta banda desenhada, que nasceu em 1959.
No próximo sábado, dia 31, o autor vai estar presente para assinalar os seus 50 anos de carreira e contactar com os fãs, numa iniciativa que inclui uma sessão de autógrafos, às 15h00.
A produção polaca de banda desenhada, bem como a presença do autor francês Emmanuel Lepage, cuja obra Muchacho foi premiada na edição anterior deste festival, são outro dos pontos altos, através da exposição de originais. A presença portuguesa também está forte este ano, com inúmeras exposições e lançamentos editoriais.
O mote “O Grande Vigésimo” serve de ponto de partida para um olhar aprofundado sobre o passado do certame, que marcou de forma incontornável a maneira como a BD é vista em Portugal, através das mostras “Almanaque”, que evoca as duas décadas do evento; “Contemporaneidade portuguesa”, sobre os autores nacionais em actividade”, “Colecção CNBDI”, uma selecção das pranchas que ao longo do ano este organismo tem recolhido junto dos autores que passaram pela Amadora, e “20 anos de concursos”, mostrando-os como meio de descoberta de novos talentos.
Para além do fórum Luís Camões, o festival passa também pela Galeria Municipal Artur Bual (com a homenagem a Vasco Granja), Casa Roque Gameiro, Recreios da Amadora e Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (com retrospectiva de Hector Oesterheld), pelo Dolce Vita Tejo/Kidzania, Escola Superior de Teatro e Cinema e Biblioteca Fernando Piteira Santos.
Por Cristina Alves