Arco da Rua Augusta Abriu Hoje ao Público

Reportagem de Alexandra Gil
Fotos de Alexandra Gil e Elsa Furtado

arco_ruaaugusta_10[dropcap]L[/dropcap]isboa pode (e deve) agora ser admirada de um dos seus pontos mais altos: o miradouro do Arco da Rua Augusta. Inaugurado hoje, dia 9 de agosto, o espaço oferece uma vista deslumbrante sobre o Terreiro do Paço, a Baixa Pombalina, a Sé, o Castelo de São Jorge e, claro está, sobre o rio Tejo.

As obras de reabilitação do monumento, orçadas em 950 mil euros, resultaram na instalação de uma portaria de um elevador que garante o acesso não apenas ao terraço, mas também à Sala do Relógio, onde pode ser visitada uma exposição alusiva à história do Arco. Os trabalhos de conservação e restauro, com projeto do Atelier 15, adjudicadas pelo município de Lisboa e pela Associação de Turismo de Lisboa, contaram ainda com o financiamento da extinta Direção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo.

Para além da panorâmica sobre a cidade, o topo do monumento oferece ainda aos visitantes a possibilidade de apreciarem as esculturas de Célestin Anatole Calmels representando a Glória, coroando o Génio e o Valor. É aí, mas apenas visível do Terreiro do Paço, que se inscreve a frase em latim alusiva aos Descobrimentos: “Às Virtudes dos Maiores, para que sirva a todos de ensinamento. Dedicado a expensas públicas”. Já no plano inferior, lisboetas e turistas têm à sua espera esculturas de Vítor Bastos, representando Vasco da Gama e Viriato, a nascente; e do Marquês de Pombal e Nuno Álvares Pereira, a poente. Do mesmo autor são as alegorias dos rios Tejo e Douro, reclinadas lateralmente ao corpo superior.

O Arco da Rua Augusta, classificado como Monumento Nacional em 1910, começou a ser construído após o terramoto de 1755, mas esta primeira versão da autoria de Eugénio dos Santos nunca viria a ser terminada. A construção recomeçou em 1873, de acordo com projeto do arquiteto Veríssimo José da Costa, tendo ficado concluída dois anos mais tarde.

 

Para além da abertura do monumento, a manhã na Baixa Pombalina foi também dedicada à estátua equestre de D. José, que após um ano de obras de recuperação e inestéticos andaimes e tapumes, volta a embelezar com toda a sua grandeza o Terreiro do Paço.

E é precisamente junto à estátua que terá origem Arco de Luz, espetáculo multimédia de Nuno Maya e Carole Purnelle, que projetado no próprio Arco, assinala a sua abertura ao público. A festa de luz pode ser apreciada todas as noites, entre 9 e 18 de agosto, às 21h30, 22h30 e 23h30.

Já o Arco da Rua Augusta está aberto diariamente, entre as 09h00 e as 19h00. A entrada custa 2,5 euros, sendo gratuita para crianças até aos 5 anos. É possível ainda adquirir o Pack Lisboa Interativa, que dá acesso ao Arco e ao Lisboa Story Centre. O preço é de 8 euros para adultos, 6,5 para seniores e de 4,5 para visitantes entre os 6 e os 15 anos. Existe ainda a modalidade familiar (2 adultos + 2 crianças) a 24 euros.

 
 
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