Alkantara Festival arranca em simultâneo em Lisboa e Porto

Após dois anos de preparação, o Alkantara Festival abre as portas ao público a 21 de Maio, no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, com o espectáculo Radio Muezzin, de Stefan Kaegi, e no Teatro Nacional São João, no Porto, com Vamos sentir falta de tudo aquilo de que não precisamos, de Vera Mantero.

A partir deste dia são apresentados, durante uma semana no Porto e três em Lisboa, mais de 30 espectáculos portugueses e estrangeiros, um terço dos quais são estreias mundiais, das áreas da dança, teatro e tudo o que fica entre disciplinas.

A edição de 2010 do Alkantara Festival, uma iniciativa Alkantara Associação Cultural em parceria com a EGEAC, é marcada por algumas novidades: a nova direcção artística, assumida por Thomas Walgrave; a extensão à cidade do Porto; os novos locais de apresentação, como o Teatro Nacional D. Maria II e o Museu Colecção Berardo; a nova imagem do festival, com uma série de fotografias de dioramas do Museu de História Natural de Milão, voltando a objectiva para o espaço interior e cénico; e a diversificação da própria programação, com a inclusão de propostas de âmbito do cinema e das artes visuais.

Até 9 de Junho, o Alkantara Festival 2010 traz performances de dança, de teatro e criações multidisciplinares de artistas oriundos da Argentina, Áustria, Canada, Croácia, Suíça, Egipto, Estados Unidos, França, Portugal, Bélgica, Japão, China, Países Baixos, Brasil, Espanha, Hungria, Nova Zelândia, África do Sul, Dinamarca, Equador, Grécia, Itália, entre outros.

No total, o festival vai apresentar ao longo de 20 dias: 106 sessões, com uma média de cinco espectáculos por dia, em 19 diferentes locais de apresentação, com 32 propostas artísticas, das quais 11 são em estreia absolutas, e 370 artistas presentes.

Para além dos espectáculos, a Programação Paralela do Alkantara Festival faz-se com conversas e debates, reuniões de redes internacionais e encontros de programadores.

Vai haver um lançamento do livro-dvd Programa de Formação em Dança e Teatro do Projecto Nu Kre Bai Na Bu Onda, um documento sobre o projecto artístico iniciado por Alkantara em 2006, no Bairro do Alto da Cova da Moura (Amadora).

E dando um salto para fora de Lisboa, realiza-se em Montemor-o-Novo a conferência pública New Models of Documentation for Contemporary Dance, em colaboração com O Espaço do Tempo.

E haverá ainda momentos de descontração, quando no dia 29 de Maio, a revista OBSCENA ‘invadir’ o Ponto de Encontro do festival, no evento Obscena@Alkantara.

Finalmente, a 9 de Junho, no Jardim de Inverno do São Luíz Teatro Municipal, acontece a Festa de Encerramento / Amigos Coloridos.

Ao longo de todo o festival serão também transmitidas as emissões da Auto-Rádio Alkantara (projecto PRADO),  transmitidas via internet com rubricas diárias, em directo ou prégravadas.

O coração do Alkantara Festival 2010 será mais uma vez em Santos: no Ponto de Encontro do festival funciona também a Bilheteira Central, onde é possível adquirir bilhetes para todos os espectáculos e assinaturas de 6 e 8 bilhetes, e a Livraria, uma parceria com a livraria TRAMA.

Para além do apoio da Câmara Municipal de Lisboa, o Alkantara Festival 2010 conta, tal como nas edições anteriores, com a parceria dos principais teatros e equipamentos culturais de Lisboa (São Luiz Teatro Municipal, Maria Matos Teatro Municipal, Culturgest, Centro Cultural de Belém, Teatro Nacional  D. Maria II, Museu da Electricidade, Fundação Museu do Oriente, Museu Colecção Berardo, Teatro Nacional São João no Porto, entre outros).

Participantes, programação e locais podem ser consultados a partir do site do festival, que reflecte o espírito culturalmente multifacetado do evento.

Por Cristina Alves
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