Achados arqueológicos expostos em Parque subterrâneo no Cais do Sodré

ribeira_10Reportagem de António Silva e Tânia Fernandes

Cada cavadela, cada achado arqueológico terá sido o mote, durante os últimos 3 anos, na Praça D. Luís I, em Lisboa. Abriu finalmente, no Mercado da Ribeira, o parque de estacionamento subterrâneo cuja conclusão se arrastou no tempo em virtude dos registos históricos que foram sendo encontrados. Algumas das peças estão agora em exposição em vitrinas montadas para o efeito, espalhadas pelos 4 pisos do parque. Trata-se de uma exposição permanente arqueológica, baseada em achados de um estaleiro naval, datado de finais do século XVI, e de um fundeadouro romano, datado dos séculos I e V d.C.

Temas como Portugal Marítimo, Vida Quotidiana, Época Romana e Arqueologia são retratados neste espaço com as peças encontradas, algumas reconstituições e informação elucidativa. As peças mais antigas encontradas são da época romana e encontram-se expostas no piso -2, entre elas, um fragmento de cerâmica decorado com uma faixa de flores e uma grinalda com elementos vegetais do séc. I d.C.Com a expansão marítima, a área foi reestruturada, passando a assumir, a partir do século XVII importantes funções portuárias. Entre os achados desta época, podem ser apreciadas peças em madeira, como um pente de cabelo, um pião de jogar ou uma figa da sorte. Datam do séc. XVIII e XIX peças de faiança e cerâmica vidrada: azulejos com decoração policromática e com decoração azul e branca.
No piso -4 os visitantes são envolvidos nos trabalhos arqueológicos levados a cabo, contactando com os utensílios utilizados e a forma como são catalogadas as peças.

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O acesso à exposição destas peças é feito pelas entradas do parque de estacionamento e é livre.

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