A Festa E A Alegria Da Música Clássica De Regresso A Lisboa Com André Rieu

Reportagem de Elsa Furtado (Texto) e Vânia Marecos ( Fotos)

Depois de dois anos sem concertos, André Rieu e a sua Johann Strauss Orchestra regressaram aos palcos, começando por Lisboa, com uma série de concertos, todos eles esgotados.

Happy Together Tour arrancou ontem à tarde (dia 1), na Altice Arena, para uma casa cheia,  desejosa de boa música e muita animação. Foram cerca de três horas em que se ouviram alguns dos mais conhecidos sucessos da música clássica, e não só, e muitas surpresas.

Mais uma vez André Rieu mostrou porque é tão apreciado e porque consegue que tanta gente oiça e goste de música clássica, a sua democratização de temas de Puccini e outros compositores, cujos temas ganham nova vida e nova alma, com os seus arranjos são disso exemplo.

Na primeira parte, um pouco mais formal, viajou-se um pouco pelo mundo e pelo tempo. De Itália a Paris, passando pelo Egipto, ouviram-se árias de Turandot de Giacomo Puccini, com destaque para “Nessun Dorma”, “Scheherazade and 7 Tatars”, entre outras, que contaram com a participação dos The Platin Tenors (um da Tasmânia, outro da Hungria e um da Bélgica), que acompanham esta orquestra de cerca de 60 elementos.

Pelo meio, primeira surpresa do concerto: nevou na Altice Arena e o público encantou-se, quase que parecia que estávamos em Salzburg pelo Natal.

A caminho do final da primeira parte ainda se cantou “A Loja do Mestre André”, que contou com a colaboração do público.

Na segunda parte o ritmo e o humor marcaram a atuação. André Rieu apresentou “Hava Nagila Hava – Let’s Have Fun” e deu o mote para o resto do concerto. Seguiram-se a atuação dos Berlin Comedy Harmony, um conjunto formado por 5 cantores e um pianista,que se inspiraram nos berlinenses Comedian Harmonist, criados há 100 anos atrás, caracterizados pela “harmonia fechada”.

Avançando nos temas, chegámos a uns mais conhecidos e recentes, como o famosíssimo
“Think of Me” da autoria de Andrew Lloyd Webber’s do Fantasma da Ópera, com uma interpretação diferente da do musical, por uma das sopranos que acompanha esta digressão.

Depois, chegou um dos momentos mais aguardados de todos, a icónica valsa de Johann Strauss II – “Danúbio Azul” seguida pela ritmada “Radetzky-Marsch”, que puseram várias pessoas a dançar e toda a gente a marcar o ritmo com palmas.

E avançámos no tempo para o século XX, depois de mais um tema animado e cheio de swing, o romântico “Can’t Help Falling In Love” terminou o alinhamento oficial, seguido de uma chuva de balões.

Para o encore, ficaram guardados vários temas animados, ritmados e mais atuais, como por exemplo “Ai Se Eu Te Pego” de Michel Teló, entre outros bem conhecidos dos nossos dias, terminando em festa e com um espírito de alegria três horas de festa de música.

As próximas datas de concertos de André Rieu em Lisboa já se encontram esgotadas (dias 3 e 4 de dezembro). De referir que os preços dos bilhetes variavam entre os 45 e os 125 euros.

E a digressão vai seguir viagem, com passagens pelos Estados Unidos e Inglaterra por exemplo, levando sempre o ritmo e a alegria de uma orquestra e do seu maestro que tentam democratizar a música clássica, de forma a fazer chegá-la a todas as classes e idades.

 

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