Um Pirgo, achado arqueológico descoberto em Chaves, que remonta ao século IV d.C, é o ponto de partida da exposição concebida por Francisco Tropa para o Museu Calouste Gulbenkian.
No decorrer das escavações arqueológicas de umas termas romanas destruídas por um terramoto, foi encontrada uma pequena torre em bronze. Este artefacto era, um elemento de jogo, usado para lançar dados e impedir que se fizesse batota. Esta torre, também designada por pirgo, estava enterrada num local não muito afastado dos esqueletos de duas pessoas que, no momento do desastre, estariam provavelmente envolvidos num jogo de dados à beira da piscina.
Este contexto levou o artista a explorar, em conjunto com Penelope Curtis, diretora do Museu Gulbenkian e o arqueólogo Sérgio Carneiro, conceitos como tempo e origem (desde logo da própria escultura); história e acaso; corpo, jogo e morte.
Juntamente com o pirgo, mostrado aqui ao público pela primeira vez, surgem outros objetos relacionados com as atividades do jogo e da escrita, apresentados lado a lado com várias obras de Francisco Tropa realizadas ao longo da última década e, também neste último ano.
Francisco Tropa é um artista português com um percurso nacional consolidado, iniciado nos anos de 1990. Nos últimos anos tem granjeado crescente atenção no circuito internacional, com participações na Bienal de Veneza (2011), Bienal de Istambul (2011), Manifesta (2000), Bienal de Melbourne (1999), e Bienal de São Paulo (1998).
A exposição Francisco Tropa – O Pirgo de Chaves pode ser vista na Galeria do Piso Inferior e Coleção do Fundador do Museu Calouste Gulbenkian até ao dia 3 de junho, diariamente entre as 10h00 e as 18h00. O Museu encerra às terças-feiras. O bilhete para a exposição custa 3 euros.
