A Ciência contada aos mais pequenos através das Histórias de Encantar no Pavilhão do Conhecimento

Reportagem de Tânia Fernandes

eraumavez_01“Porque tens uns olhos tão grandes, avozinha?” pergunta o capuchinho vermelho na história tradicional. O lobo mau, do Pavilhão do Conhecimento, explica que até nem tem uns olhos assim tão grandes, pois, comparativamente, há animais como o gato que os têm bem maiores!

Apresentar o lado lúdico dos conceitos da ciência através das histórias de encantar, que todos conhecem, está na origem da exposição Era uma vez… Ciência para quem gosta de histórias que inaugurou recentemente ao Pavilhão do Conhecimento. Trata-se da primeira produção própria deste organismo, que veio pintar de cor e animação o hall central do espaço.

Há dez núcleos temáticos, com as histórias que todos conhecem onde se pode, por exemplo, aprender a identificar o cristal de que é feito o sapatinho da Gata Borralheira, através da estrutura molecular ou perceber de que forma se processa a aprendizagem, assumindo nós o controlo de um Pinóquio articulado. Os engenheiros em potência, no espaço dos Três Porquinhos, podem construir estruturas de “madeira”, “tijolo” ou “palha” e testar a sua robustez face ao devastador “sopro” do lobo mau e na zona da Princesa Ervilha apela-se a toda a sensibilidade e tato para reconstruir um pequeno puzzle, sem ajuda da visão, usando luvas de algodão, borracha ou sem dedos.

“Tentámos aqui abordar as várias ciências como a biologia, a matemática, a química, entre conceitos mais simples, outros mais complexos, de uma forma mais engraçada, desmistificando aquela noção de que a ciência é uma coisa aborrecida” explicou-nos Inês Oliveira, coordenadora de monitores que nos guiou numa visita. Nesta espécie de parque de diversões da ciência, apela-se à curiosidade do visitante: ”Não vamos dar respostas, queremos que as pessoas mexam, aprendam e compreendam os conceitos através da experimentação” acrescenta.

A produção de Era uma vez… Ciência para quem gosta de histórias contou com a colaboração científica do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, do Instituto de Telecomunicações (Instituto Superior Técnico), do Instituto de Sistemas e Robótica (IST), do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (Universidade do Porto), do Porto Interactive Center (UP) e do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária.

Dirige-se a todos os níveis de ensino e está acessível a públicos com necessidades especiais. Pode ser visitada no Pavilhão do Conhecimento até agosto de 2014, de terça a sexta-feira, entre as 10h00 às 18h00, aos fins-de-semana e feriados entre as 11h00 às 19h00.

O bilhete de adulto custa 8 euros e o de criança entre 5 euros (dos 6 aos 17 anos) e criança 4 euros (dos 3 aos 5 anos). Há descontos para + de 65 anos, famílias, entre outros.

Associadas a esta exposição, estão previstas algumas atividades no espaço “A Cozinha é um Laboratório”: Biscoitos de Gengibre (10 e 17 de novembro), Maçã do Amor (9 e 30 de novembro), Gomas de fruta (29 de Dezembro) e Bom Bom (1 e 28 de dezembro) sempre às 15h30 e 17h15. A participação nestas atividades é gratuita, na compra de bilhete individual ou de família de acesso às exposições.

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