A Feira do Livro de Lisboa completa este ano 90 anos e arranca hoje no Parque Eduardo VII mais uma edição, que se prolonga até dia 13 de setembro, com 310 pavilhões, 117 participantes e representação de 638 marcas editoriais.
Depois de adiada de maio para fim de agosto, esta edição é já tida como a 2ª maior da história da Feira, e sofreu algumas alterações ao nível da disposição, com uma lotação inicial de 3300 pessoas em simultâneo no recinto e um distanciamento social de 2m entre pessoas.
Segundo a organização: “De forma a mitigar a propagação da COVID-19, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), coorganizadora da Feira do Livro, em conjunto com a Câmara Municipal de Lisboa, adaptou o formato desta edição com o objetivo de aumentar os espaços de circulação e assegurar o distanciamento recomendado entre as pessoas. Para o efeito, a organização optou por dispensar infraestruturas consideradas não essenciais e apostar na realização de atividades ao ar livre”.
A redução do número de espaços de restauração, eliminação de lugares sentados nas praças (com exceção para os auditórios), a delimitação de zonas de entrada e saída e o controlo de acessos ao recinto, são algumas das medidas implementadas; para assistir às apresentações de livros, lançamentos, palestras, workshops, sessões de autógrafos – a organização recomenda a inscrição prévia junto das respetivas editoras.
Nas entradas e por todo o recinto, e nos pavilhões dos expositores, podem ser encontrados dispensadores de álcool gel. Será obrigatório o uso de máscara em todo o recinto, tanto por expositores, como pelo público visitante.
Da programação desta edição conta a habitual Hora H, com descontos mínimos de 50% em livros lançados há mais de 18 meses, funcionando entre segunda e quinta-feira, na última hora da Feira, ou seja, entre as 21h00 e as 22h00.
De regresso está também a iniciativa Dê nova vida ao Livro: um final feliz para todos os livros.
O Oceanário de Lisboa e a Fundação Oceano Azul promoverão ainda uma ação de educação ambiental enquadrada na sua campanha de sensibilização “Vamos salvar os cavalos-marinhos da Ria Formosa”, através de diversas sessões de leitura do conto “O Xerife da Ria Formosa”.
A Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) promoverá 15 debates sobre temas fraturantes da sociedade portuguesa e do que a rodeia e que têm como ponto de partida livros da Coleção da Fundação, que serão apresentados em primeira mão, como por exemplo: “Quem nos dá a mão quando estamos isolados?” um retrato fotográfico do Humberto Brito com textos de Djaimilia Pereira de Almeida, que contará com a participação da socióloga Luísa Lima; “Até quando jobs for the boys e boys for the jobs?”, “O que nos deve a banca, e o que lhe devemos a ela?”, tendo como ponto de partida um livro de Jorge Braga de Macedo, Nuno Cassola e Samuel Rocha Lopes, e que traz os comentários da ex-Ministra das Finanças, Maria Luísa Albuquerque.
A Santa Casa da Misericórdia apresenta no Auditório Sul, vários concertos com música dos mais variados estilos, desde o jazz ao gospel, soul, e passando ainda pelo “Concerto Entressonhar” do projeto GEO.
Decorre ainda a 5ª edição do “Prémio Literário UCCLA – Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa”, com a presença do autor premiado, júri, editor parceiro e convidados.
Para os mais pequenos matém-se a Hora do Conto e várias atividades, promovidas pelas Bibliotecas de Lisboa. A hora do conto acontece de segunda a sexta sempre às 17h00, e ainda apresentações de livros, leituras encenadas, debates, apresentação de projetos e sessões de música e de dança.
A Feira do Livro de Lisboa de 2020 vai funcionar de segunda a quinta-feira, das 12h30 às 22h00; à sexta-feira – das 12h30 às 00h00; ao sábado – das 11h00 às 00h00; e ao domingo – das 11h00 às 22h00.