1936 – O Ano Da Morte De Ricardo Reis Para Ver Na Barraca

1936, o Ano da Morte de Ricardo Reis de Hélder Mateus da Costa, a partir do romance de José Saramago, é a peça atualmente em cena no Teatro Cinearte A Barraca.

Com dramaturgia e encenação de Hélder Mateus da Costa, e direcção de arte de Maria do Céu Guerra, a peça conta com as interpretações de Adérito Lopes, Ruben  Garcia, Sónia Barradas, Rita Soares, João Maria Pinto, Samuel Moura e Sérgio Moras.

O Encontro inquieto do defunto Fernando Pessoa com o único heterónimo que lhe sobreviveu, em que crescem na Europa todos os fascismos. Um jogo assombroso entre o real e o fantástico.
Os protagonistas são Ricardo Reis o heterónimo clássico de Pessoa, Lídia a criada de hotel, Marcenda  a ingénua romântica  e Fernando Pessoa.
Pessoa – surge como um defunto livre, com humor surpreendente, ingénuo, infantil. Brincalhão, imita fantasmas, pássaros agressivos, perturba o sono de Ricardo, comemora com ele a célebre foto “Em flagrante delitro”.
E tem dúvidas sobre o seu velho sonho… Conseguirei ser um Camões da modernidade, nos novos tempos? E toda a sua obra, para quê? Fernando e Ricardo discorrem sobre Portugal e decidem sair dali… sentam-se numa mala de viagem, batel num mar encapelado, evocando a sina do português errante na sua mala de cartão, partilhando uma sugestão da Jangada de Pedra.
No final o espetáculo homenageia José Saramago com os actores do grupo em respeitosa fila pedindo-lhe autógrafos para O Ano da Morte de Ricardo Reis, e fazendo uma citação do Memorial do Convento, através da projeção da Passarola de Bartolomeu de Gusmão que cita a grande obra Memorial de Convento.

1936 – O Ano Da Morte De Ricardo Reis vai estar em cena na Barraca até 29 de julho, com sessões de quinta a sábado, às 21h30, e domingos às 17h00. Os bilhetes estão à venda no local e custam 15 euros (o bilhete normal); e 10 euros para estudantes, profissionais de teatro, menores de 25 e maiores de 65 anos e às quintas-feiras.

Autor:Texto de Elsa Furtado
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