100 Anos De Arte Portuguesa Da Gulbenkian Para Ver Nas Amoreiras

A Praça Central do Amoreiras Shopping Center, em Lisboa, irá acolher 12 obras de arte que pertencem à Coleção Moderna do Museu Calouste Gulbenkian (considerada como a mais importante coleção de arte portuguesa do século XX), cuidadosamente selecionadas e reproduzidas em caixas de luz com mais de dois metros de altura, que permitirão percorrer 100 anos de arte portuguesa – de 1917 a 2019.

A exposição estará patente de 27 de setembro a 20 outubro de 2019, todos os dias, entre as 10h00 e as 23h00, sendo possível realizar visitas guiadas à mesma, incluindo o miradouro Amoreiras 360º, de forma totalmente gratuita, a decorrer todos os sábados pelas 15h00. As visitas estarão limitadas a 25 pessoas e na primeira visita, que se realizará a 28 de setembro, será possível contar com a presença de Patrícia Rosas, curadora do museu Gulbenkian.

Esta exposição destaca e revela a diversidade de artistas portugueses de renome internacional que constituem a Coleção Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e reflete também o seu caráter dinâmico, apresentando novas aquisições, obras inéditas e obras-primas da arte portuguesa do século XX, de autores como Amadeo de Souza-Cardoso, Almada Negreiros, Maria Helena Vieira da Silva (que depois de exilada no Brasil é recebida e consagrada em França) ou Paula Rego, que se instala definitivamente em Londres a partir dos anos de 1970, fator que influenciou inteiramente a sua obra e vida.

Abarcando peças de cariz figurativo, abstrato e Pop, das décadas de 1960 a 1980, as obras de Jorge Vieira, Ana Hatherly e António Palolo sustentam a diversidade descomprometida que se segue a partir de meados do século XX.

Nos trabalhos mais recentes de Leonel Moura, Jorge Molder, Pedro Cabrita Reis ou Grada Kilomba, liga-se a atividade artística do passado recente, do presente e da projeção do futuro, ao uso de técnicas e materiais tão díspares como a fotografia, a escultura e a instalação vídeo, bem como a abordagem a temáticas diversas. A presença da figura humana, a ação e o movimento do corpo como força que emerge da cultura e da desenvoltura da prática artística dos séculos XX e XXI estão aqui patentes e reforçam a dinâmica e a qualidade que a Coleção Moderna impôs a si própria.

A exposição permanente da Coleção Moderna apresenta atualmente cerca de 420 obras das 11 mil em acervo e pode ser visitada na Fundação Calouste Gulbenkian de quarta a segunda, entre as 10h00 e as 18h00.

Autor:Texto de Ana Francisca Bragança
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