A peça volta a juntar a dupla de “Conversa da Treta”, mas desta vez em posições distintas: António Feio encena e José Pedro Gomes interpreta o monólogo, no qual, durante hora e meia vai deambular com sarcasmo sobre os portugueses, em áreas como a sexualidade, o clima, a relação com a comida e com o trabalho. “Vai-se andando” é também o título de uma canção da peça, com letra de Marco Horácio.
Com um cenário simples, assinado por Marta Carreiras – em que um galo de Barcelos insuflável ocupa lugar de destaque e vai ‘contracenando’ com José Pedro Gomes – “Vai-se Andando” tem música de Alexandre Manaia, figurinos de Bárbara Gonzalez Feio (filha do encenador), desenho de luz de Luís Duarte, vídeo de Tiago Forte e assistência de encenação de Sónia Aragão.
Depois de “Coçar Onde é Preciso” (2005), José Pedro Gomes volta a ‘malhar’ forte e feio nos pormenores que distinguem os portugueses dos outros povos. A peça é composta por nove textos de sete personalidades com nome no humor português portugueses, pedidos por António Feio. A convite de António Feio, Nuno Artur Silva, Filipe Homem Fonseca, Luísa Costa Gomes, Henrique Dias, Eduardo Madeira, Nuno Markl e Nilton assinam os textos satíricos da peça, em mais uma produção da UAU.
O espectáculo vai estar em cena até 15 de Novembro – período após o qual entra em digressão pelo país –, no Auditório dos Oceanos de terça-feira a sábado, às 22 horas, e também aos domingos, às 17 horas.
Os bilhetes que custam desde 18 euros, podem ser adquiridos na bilheteira do Casino Lisboa, FNAC, Worten, El Corte Inglés, Bliss, Abreu e Ticktline.
Texto Cristina Alves Fotos António Murteira da Silva