Virgílio Castelo sobe hoje ao palco do Teatro Tivoli com a peça Um, Ninguém e Cem Mil, do Nobel italiano Luigi Pirandello. A peça, que vai
Com encenação de Nelson Monforte, produção executiva de Hermano Maia Produções e criação da companhia teatral O Dragoeiro, o actor interpreta um monólogo trágico-cómico, depois das suas deambulações pelos ecrans de televisão e de um ano de ausência no teatro.
O espectáculo conta com uma vertente musical, assegurada pela actuação em palco da violoncelista Margarida Moser, num cenário com uma forte vertente multimédia.
Um, Ninguém e Cem Mil é o relato vivido na primeira pessoa das desventuras de Vitangelo Moscarda, um banqueiro, filho de banqueiro, casado com filha de banqueiros, que larga tudo e acaba sozinho à procura de si mesmo
A personagem representado por Virgílio Castelo vê a sua integridade posta em causa e quase toda a sua fortuna arruinada. Tudo por causa de uma pequena imperfeição física. Um simples comentário da mulher ao seu nariz leva-o a ter comportamentos cada vez mais estranhos que o conduzem à loucura e praticamente à bancarrota. Moscarda descobre que há uma infinidade de Moscardas no olhar dos outros, assim como na sua própria visão. Uma caminhada sem retorno em direcção à renúncia, à abdicação e ao despojamento totais do seu nome, história e personalidade.
A peça pode ser vista até domingo, às 21h30, variando o preço dos bilhetes entre 10 euros e 25 euros.
Texto de Cristina Alves