Vetusta Morla Fazem Fiesta Em Lisboa

Reportagem de Tânia Fernandes e António Silva

É uma das bandas mais populares do outro lado da fronteira, mas por cá ainda não conseguiram furar as fileiras das play lists das rádios nacionais. Por isso os Vetusta Morla trouxeram quase só conterrâneos ao Coliseu dos Recreios, na noite de sábado. Talvez meia casa, concentrada na plateia, mas com muitas vontade de cantar a dançar.

A festa começou minutos antes de entrarem em palco, e fez-se ouvir entre os admiradores. A equipa de Futebol do Real Madrid conquistou a taça da Liga dos Campeões e houve quem levasse os cânticos para o Coliseu de Lisboa: “Campeooooooones” ouviu-se em uníssono.

Depois de apagadas as luzes, deram uma longa introdução musical antes de entrar em palco. Começaram a pisar devagar, com “Mismo Sítio, Distinto Lugar”, o tema que dá nome ao mais recente trabalho, que vieram apresentar a Portugal. Lisboa foi o segundo concerto, depois de uma data esgotada no Hard Club, no Porto, na noite anterior.

Seguiram-se outros temas do novo disco como “Deseame Suerte”, “El Discurso Del Rey” e “Palmeras em La Mancha”. Percebe-se que o público chega a uma zona de conforto quando os Vetusta Morla recuam no tempo para tocar “Golpe Maestro”. Todos gritam e sente-se um forte aplauso logo aos primeiros acordes.

“Boa noite Lisboa, boa noite Portugal. É um prazer regressar!”. Pucho, o vocalista, tem uma cabula no chão e esforça-se para passar a mensagem em português. Pede a todos para pararem e refletirem sobre o lugar onde vivem e o que os rodeia. Apela a que aceitem a diversidade e fala sobre a luta que as mulheres travam hoje em dia.
Depois de passar as mensagens, regressa à música e volta a mergulhar o Coliseu em ambiente de festa.

Os telemóveis sobem para registar baladas como “Maldita dulzura” e “Cuarteles de Inverno”. O ritmo explode em “Fuego”.

Da banda destaca-se a figura de Pucho. Canta, junta-se à percussão em determinados momentos e dança de forma frenética, incentivando o público a juntar-se a ele. Em “La Vieja Escuela” entra quase em modo de transe, contagiando a plateia.

Continua com uma versão quase infantil, de “23 de junio “, um dos temas em que se ouviu um dos maiores coros da noite. À medida que o concerto chega ao fim, a festa torna-se ainda maior, com a apresentação dos êxitos: “Salvese Quien Pueda”, “Te Lo Digo a Ti” e “Festa Mayor ” recebidos com euforia.


Para encore, os Vetusta Morla deixaram “Consejos de sabio”, “El Hombre del Saco” e um concentrado de alegria em “Los Dias Raros”. As despedidas foram feitas de luz acesa, com muita emoção e a promessa de um regresso.

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