A homenagem, da iniciativa da revista Textos e Pretextos e do Centro de Estudos Comparatistas, foi a primeira feita pela Faculdade de Letras, onde o escritor e investigador iniciou a carreira académica, licenciando-se em Filologia Românica, e foi professor catedrático até à jubilação em 1993. No entanto, em 1959 ficou proibido de leccionar em Portugal por ter apoiado a campanha de Humberto Delgado, na sequência da qual se opôs ao Estado Novo, tendo-se envolvido em acções políticas e sido preso diversas vezes.
Ao longo da vida, Urbano Tavares Rodrigues foi distinguido em diferentes momentos. São exemplo disso, entre muitos outros, o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários, o Prémio Vida Literária — atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores ou o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco.
O quarto volume das obras completas de Urbano Tavares Rodrigues será publicado em breve, disse ao jornal PÚBLICO a editora Dom Quixote.
Recentemente foi publicado, com a chancela da editora o mais recente livro do escritor, Escutando o Rumor da Vida seguido de Solidões em Brasa, que chega este mês às livrarias.
Na homenagem recentemente prestada, a referida revista lançou a 16.ª edição, totalmente dedicada a Urbano Tavares Rodrigues, com ensaios sobre a obra, uma entrevista ao escritor, uma cronologia, reproduções de manuscritos, bibliografia seleccionada e depoimentos dos escritores Nuno Júdice, Teolinda Gersão, Baptista-Bastos, Maria Graciete Besse, entre outros.
Na sessão, foi projectado um vídeo, da autoria de Pedro Loureiro, com um depoimento do homenageado e foram intervenientes o próprio, além do secretário de Estado da Cultura Francisco José Viegas e Helena Carvalhão Buescu, da Faculdade de Letras.
Texto de Cristina Alves