The New Art Fest Arranca Amanhã Em Lisboa

A partir de amanhã e até dia 30 de novembro vai decorrer no Museu Nacional de História Natural e da Ciência em Lisboa o The New Art Fest, um festival internacional anual de new media.

A iniciativa pretende ser uma importante plataforma de criatividade artística e reflexão teórica associadas à tecnologia, à ciência e à sociedade, em que se vai falar e refletir sobre a transformação tecnológica das cidades, a massificação das tecnologias de informação, representação e computação, os ‘locative media’, a inteligência artificial, a robótica, a ‘post-internet art’ e o novo turismo alimentado pelas redes sociais e pelos novos meios info-tecnológicos .

A segunda edição vai contar com mais de 50 autores, entre artistas, oradores e coletivos, nomeadamente André Sier, Tiago Rorke, Maria Lopes, Nashin Mahtani, Leonel Moura, Dasha Battelle, Ken Rinaldo, Margarida Sardinha, Rita Burmester, Mariana Castro e Left Hand Rotation, bem como os coletivos Oficinas do Convento, Make in Little Lisbon, StressFM e Shhpuma; a antropóloga e curadora Maria Lopes no painel de discussão “Arte e Cultura na Era Digital”, e foca a sua atenção no tema — “Lisboa Cidade Aberta”.

Lisboa Cidade Aberta é, ao mesmo tempo, uma exposição e uma reflexão sobre a profunda transformação tecnológica das cidades, estimulada pelo desenvolvimento e massificação das tecnologias de informação, representação e computação. Telefones e câmaras inteligentes, ‘locative media’, inteligência artificial, robótica e ‘post-internet art’, quer dizer, o que acontece na arte e na cultura em geral quando os mundos virtuais invadem a histórica realidade material, são algumas das referências que presidiram à programação do The New Art Fest.

O festival dá também atenção aos coletivos e plataformas colaborativas de arte e tecnologia, e ainda a dois fenómenos novos com impactos relevantes na vida da capital: o novo turismo, alimentado pelas redes sociais e pelos novos meios tecnológicos, e o grande influxo de massa cinzenta criativa na cidade.

Vai ser apresentado o primeiro protótipo de um projeto interdisciplinar chamado Segunda Cidade – o futuro mapa cultural eletrónico da cidade de Lisboa.

O The New Art Fest estará também presente no dia-a-dia da cidade através da plataforma digital interativa de última geração, TOMI, acessível nas ruas e estações de Metro da Capital.

O programa inclui ainda dois passeios: uma excursão às Oficinas do Convento, em Montemor-o-Novo; e uma deriva ‘psicogeográfica’ por Lisboa, seguida de almoço e visita guiada à exposição.

O Picadeiro do MUHNAC acolhe ainda:
– No dia 11 de novembro, os debates “Turismo 3.0”, com Helena Barranha, Nuno Correia e Pedro Andrade, e “Invasão Criativa”, com Neil McConnon do Barbican Centre, Londres, Pedro Gadanho do MAAT, Rajele Jain e os artistas Jared Hawkey, Margarida Sardinha e Tiago Rorke;
– No dia 19 de novembro, os workshops para adultos e crianças a partir da instalação itinerante e interativa “O Campo da Consciência”, por Maria Lopes;
– No dia 23 de novembro, a performance musical “Medusa”, um solo para violoncelo e eletrónicas, por Ricardo Jacinto;
– No dia 30 de novembro, a conferência “Time-based art, time-based museums, time-based cities” por Rasmus Vestergaard, diretor do DIAS – Digital Interactive Art Spaces;

O festival conta com direção artística de António Cerveira Pinto, e é uma produção da Ocupart | Arte em espaços improváveis e vai decorrer no Picadeiro do antigo Colégio dos Nobres, Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC), Rua da Escola Politécnica, Lisboa.

Autor:Texto de Elsa Furtado
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