Teatro Nacional São Carlos Apresenta Capuleti E I Montecchi De Bellini

Capuleti E I Montecchi De Bellini é a ópera em dois atos que o Teatro Nacional São Carlos apresenta hoje, dia 18, 20 e 22 de abril, numa produção do Teatro La Fenice de Veneza.

A ópera, em dois atos, conta com libreto de Felice Romani e as interpretações de Mihaela Marcu e Alessandra Volpe nos papéis principais. A encenação é de Arnaud Bernard e a direcção musical de Giampaolo Bisanti.

A peça baseia-se na história original italiana da Renascença, e na qual William Shakespeare se inspirou para escrever Romeu e Julieta.

A obra de Vincenzo Bellini estreou em 1830 no Carnaval de Veneza, no Teatro La Fenice de Veneza, e acompanha as últimas 24 horas dos jovens amantes que o confronto familiar e político entre Capuletos e Montéquios separou, evocando a sua melancolia e desespero em árias de grande virtuosismo vocal como a célebre “Oh, quante volte”.

ATO I
Verona, século XIII. Ao nascer do dia, os partidártios de Capellio, chefe dos Capuleti, reúnem-se no seu palácio. O ódio ancestral que opõe as famílias veronesas dos Capuleti e dos Montecchi conhece novo capítulo desde que Romeo, chefe dos Montecchi, matou em combate o filho de Capellio. Apesar de circunstâncias tão funestas, Romeo conseguiu conquistar o coração de Giulietta, a filha de Capellio. Mas a mão de Giulietta foi entretanto prometida a Tebaldo, homem de confiança dos Capuleti. Tebaldo e todos os Capuleti juram vingar a morte do filho de Capellio e de provocar a queda dos Montecchi. Um emissário dos Montecchi – afinal Romeo disfarçado – vem propor a paz e sugere reconciliar as duas famílias casando Giulietta com Romeo. Capellio recusa. Insiste em exigir vingança e apresenta Tebaldo como seu futuro genro. Romeo fica horrorizado ao descobrir que tem um rival. Giulietta anseia por Romeo e não consegue suportar a ideia do seu iminente casamento com Tebaldo. Eis que chega Lorenzo, médico e servidor de Capellio que tem uma surpresa para ela: conseguiu que Romeo viesse disfarçado ter com ela e fazê-lo entrar por uma porta secreta. Romeo tenta persuadir Giulietta de fugir com ele, mas sem sucesso. Dividida entre o amor e o sentido do dever, ela teme perder a sua honra. No palácio de Capellio, os convidados chegam para festejar as bodas de Tebaldo e de Giulietta. Romeo, disfarçado de Guelfo, entra com Lorenzo e revela-lhe que, durante os festejos, os Montecchi vão atacar de surpresa os Capuleti. Com efeito, uma violenta batalha não tarda a acontecer. Uma vez restabelecida a calma, Giulietta agradece ao destino por interrompido o seu casamento com Tebaldo; mas está preocupada com Romeo que, entretanto, aparece e volta a suplicar-lhe que fuja com ele. São interrompidos por Capellio, Tebaldo, Lorenzo e pelos soldados dos Capuleti que perseguem os partidários dos Montecchi. Tebaldo reconhece Romeo como sendo o emissário que veio propor a paz. Todavia, a situação só fica verdadeiramente esclarecida quando Romeo afirma ser seu rival, que Giulietta o ama e que os Montecchi chegarão para socorrer o seu chefe. As duas fações ficam firmemente decididas a retomar a luta. Romeo e Giulietta ficam consternados.

ATO II
Nos seus aposentos, Giulietta espera ansiosamente o resultado dos combates. Lorenzo vem informá-la que Romeo está em segurança, propondo-lhe depois um audacioso estratagema para facilitar a sua fuga: beber uma poção que a mergulhará num sono aparentemente mortal. Depois, ela será transportada para a cripta da família dos Capuleti. Lorenzo assegura à jovem que Romeo e ele mesmo estarão presentes quando ela despertar. Decidida a tentar tudo por tudo, Giulietta bebe a poção no preciso instante em que seu pai entra para lhe dizer que se prepare para ser a esposa de Tebaldo. Já quase inconsciente, pede ao pai que a perdoe, afirmando que em breve morrerá. Capellio ignora o que a filha lhe diz e despede-se. Capellio, agora desconfiado de Lorenzo, ordena a sua detenção para que ele não possa informar Romeo da pretensa morte de Giulietta. Romeo tenta desesperadamente entrar no palácio para se encontrar, tal como previsto, com Lorenzo, mas depara-se com Tebaldo. Os dois homens trocam insultos e preparam-se para duelar. Eis senão quando ouvem os lamentos devido à morte de Giulietta. Ao verem o cortejo fúnebre, os dois rivais, aterrados, depõem as armas. Escoltado pelos seus fiéis seguidores, Romeo entra no recinto onde se encontra a cripta dos Capuleti. Pede aos seus amigos que abram o caixão de Giulietta, esperando poder contemplar a sua bem-amada pela última vez. Desesperado, suplica que o deixem sozinho entregue à sua dor, e bebe veneno para se reunir a Giulietta na morte. Pouco depois, a jovem desperta do seu sono profundo e revela a Romeo o estratagema. Mas é tarde demais. Romeo morre e Giulietta, despedaçada pela dor, cai inanimada sobre o corpo do seu amado. Capellio e os seus partidários surpreenderam os companheiros de Romeo e perseguiram-nos até à cripta. Eis que chega Lorenzo. Horrorizados, todos descobrem o sucedido.

Em palco vão estar Mihaela Marcu (Giulietta) e Alessandra Volpe (Romeo), Davide Giuisti (Tebaldo), Christian Luján (Lorenzo), o veterano português Luís Rodrigues (Capellio) e o Coro do Teatro Nacional de São Carlos, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa dirigida por Giampaolo Bisanti, e a encenação de Arnaud Bernard. Os cenários são da autoria de Alessandro Camera e os figurinos de Carla Ricotti.

As récitas estão marcadas para os dias 14, 16, 18 e 20 de abril às 20h00 e 22 de abril às 16h00.

Os bilhetes estão à venda no local e online e custam entre 20 e os 70 euros.

Autor:Texto de Elsa Furtado
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