Noite de Guerra no Museu do Prado (Água-forte num prólogo e num acto)Em 1956 Rafael Alberti evoca o cerco de Madrid de 1936 e os militantes da república que lutaram na defesa da capital. A acção centra-se no Museu do Prado e na protecção das obras de arte que o museu encerra.
Mas a memória do cerco e da resistência do povo de Madrid de 1936 conduz-nos rapidamente a equivalente situação de luta contra as tropas francesas em 1808 que Goya tão fortemente registou. E enquanto os milicianos da República levantam barricadas e transportam os quadros para as caves, as figuras dessas obras saem das pinturas para se juntarem generosamente aos resistentes, partilhando dos seus anseios, do seu ardor combativo, do seu humor à sua coragem.
Cruzam-se memórias e realidades, mas é sempre o mesmo povo que enfrenta as tropas e que continuará a maior força na luta pela liberdade e pela transformação do Mundo.
Em cena vão estar Adriana Moniz, Anna Eremin, Carlos Malvarez, Elsa Valentim, Jorge Silva, José Peixoto, Miguel Raposo, Nuno Nunes, Patrícia André e Rui M. Silva. A encenação está a cargo de José Peixoto, a partir de uma tradução de Mário Barradas, do texto original de Rafael Alberti.
A peça pode ser vista de quarta a sábado, às 21h30, e ao domingo às 16h00. Os bilhetes podem ser adquiridos localmente e custam 10 euros ( e 5 euros à quarta-feira – dia do espetador).
Texto de Elsa Furtado