Genet escreveu uma obra fundamental da dramaturgia moderna, igualável ao que representa A Tempestade de Shakespeare para o século XVII. A Varanda foi publicada em 1961 depois de ter sido reescrita por diversas vezes. A Varanda é o nome de um Bordel onde se desenrola toda a ação num nixo de equívocos e metáforas do mundo real. É no Bordel que os clientes vivificam as suas fantasias. A fantasia de ser Bispo, Juiz ou General. A peça é um complexo jogo teatral, onde imperam a ilusão e o reflexo. A dona do Bordel, Irma chama-lhe casa de Ilusões, onde ela vive a fantasia de ser Rainha.
O próprio Genet diz sobre a sua peça que quis construir um conjunto de imagens falsas, uma “féerie.” Genet consegue desta forma falar de política partindo do que se passa no corpo e alma de cada um e de toda a gente.
A peça tem encenação de Luís Miguel Cintra e com ele apresenta-se um elenco há muito habituado ao seu trabalho, como Beatriz Batarda, Dinarte Branco, Dinis Gomes, Duarte Guimarães, João Grosso, José Manuel Mendes, Luís Lima Barreto, Luis Miguel Cintra, Luísa Cruz, Ricardo Aibéo, Rita Durão, Sofia Marques, Tiago Manaia, Tiago Matias e Vítor d’Andrade.
A peça vai estar em cena até 18 de Dezembro, de terça a sábado, às 20h30 e domingos às 16h00. O bilhete normal é 15 euros, com 50 % de desconto para estudantes, jovens até 25 anos e maiores de 65 anos.
Texto de Clara InácioFoto de Luís Santos cedida pela produção