O evento iniciou-se com uma prova técnica das novas colheitas de Colares, no salão nobre do hotel, com as explicações técnicas a cargo do enólogo, Aníbal Coutinho.
O almoço contou com a presença de Vasco D’Avillez, Presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, que acentuou a importância do Vinho de Carcavelos, fortemente impulsionado pela acção do Marquês de Pombal. A acção do Marquês de Pombal foi importante produção da zona de Oeiras, Gradil e Sintra. Também presente, esteve o escritor José Rodrigues dos Santos e o Presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, que lançou um repto ao escritor: a inclusão do vinho de Colares e de Carcavelos no romance de 2014.
A Adega Regional de Colares foi fundada em 1931, sendo assim a cooperativa mais antiga do país e uma das mais antigas regiões demarcadas de Portugal.
O Vinho de Carcavelos está a ser explorado pela Câmara Municipal de Oeiras, na tentativa de recuperar o património, depois da sua quase extinção. A área de produção é de 24 hectares. Actualmente existem vinhas na Estação Agronómica de Oeiras e nas Quintas dos Pesos, da Ribeira e da Samarra, situadas no Vale de Caparide. As castas mais utilizadas no fabrico deste vinho são a Trincadeira, a Galego-Dourado, a Espadeiro e a Negra Mole.
Carcavelos produz um vinho licoroso de qualidade e tradição, produzido em região determinada, com direito a menção específica de “Vinho Generoso” (VLQPRD). Tal denominação carece da aposição do selo de garantia na garrafa pela Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa. Presentemente este vinho só se produz no tipo doce, como tal é classificado como vinho de sobremesa que deve ser servido à temperatura ambiente, em copo tipo Porto. A sua graduação alcoólica varia entre os 18 e os 20 graus.
Reportagem de Clara Inácio (texto e fotos)