SBSR 2011: 3º dia terminou em grande com a guitarra de Slash e os Strokes

Reportagem de Patrícia Vistas (texto) e Sara Santos (Fotos)

Terceiro e último dia de SBSR, os Strokes como cabeça de cartaz, mas com muita gente à espera de ver Slash. A confusão mantinha-se, as filas eram as mesmas, as queixas só pioravam, o pó parecia crescer, o lixo amontoava-se, as casas de banho nem pareciam ser limpas de um dia para o outro. Enfim… lá chegámos e de lenço no nariz, lá entrámos para mais um dia de festival.

O cansaço já era notório, mas havia bons concertos à nossa espera, tocavam os Paus no palco EDP. Estes quatro moços, muito bem parecidos sabem muito bem o que estão a fazer, e transformam barulho em temas brilhantes de revolta e manifesto.

 Estão de público rendido e são uma das maiores revelações do ano passado, com uma bateria gémea e dois brilhantes bateristas, fazem a festa junto de Mokoto na guitarra e João Pereira no teclado.
No palco principal era a vez de Brandon Flowers dar o ar de sua graça, sem direito a nem um fotografia, este artista não deixou nem os mais fortes entrar no fosso, para captar os momentos.
De estilo irrepreensível, veio apresentar o seu trabalho a solo e deixou os Killers em casa. O álbum que trazia era o Flamingo, mas não deixou de entoar temas da sua banda, como “Read my Mind” e fechou com “Mr. Brightside”, apesar de este concerto ser a apresentação do seu disco a solo, o publico delirou sempre com as músicas dos Killers, um sinal talvez, de que tenham de voltar.
Palco EDP, em grande correria (manada, quase), entrava Junip para hipnotizar uma multidão, sim, eramos muitos. Este Jose González é de um subtileza invulgar, bonita, tranquilizante. Foi criado neste palco um momento de união, de partilha e harmonia. A “Black Refuge” foi o grande momento. Rendidos.
E ouve-se “Are you ready to rock and roll?”, e Slash entra em palco em grande estilo, com uma expressão e uma boa forma de arrepiar. Trouxe Myles Kennedy como vocalista, e muito bem se saíu este rapaz. Solo atrás de solo Slash relembrou músicas dos Guns and Roses, com Myles com uma voz muito parecida a Axel Rose. Os temas “Sweet Child of My” e “Paradise City” (para fechar) foram os grandes momentos deste concerto que fez Slash ficar a pingar de suor, isto sim, é um concerto de rock and roll.
Estava a espera montada, ainda faltava meia hora para os Strokes entrarem em cena, mas o cansaço fez parecer a espera mais longa! Julian Casablancas apresentou-se com um casaco de cabedal a falar de Slash como uma lenda, não fosse a origem dos Strokes as belas guitarras de Nick Valensi e Albert Hammond Jr., um estilo inigualável.
O pó levantou ao terceiro tema com “Reptilia” e daí para a frente foi sempre sem parar. Com pouca luz, parecendo um concerto mais íntimo, os Strokes fizeram o que melhor sabem, pegar num público sedento de saudade e faze-los delirar. Os temas “You Only Live Once”, “Hard To Explain” e “Under Cover of Darkness” foram explosivos.
Não faltaram os clássicos “Last Night”, nem “Take It or Leave It”, que fizeram este cocerto saber a muito a pouco, dada a espera da visita desta banda ao nosso país. Saíram sem encore, e nós bem que merecíamos um.

O Super Bock Super Rock estava fechado, faltava ainda ultrapassar a multidão violenta para sair do recinto, o pó e as típicas filas de espera de carros no parque de estacionamento (não vimos melhorias, tal como foi referido antes do festival começar pela organização).

Até para o ano em mais um Super Bock Super Rock.

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