Prémio Portugal Telecom de Literatura 2011 distingue Gonçalo Tavares

O Prémio Portugal Telecom de Literatura de 2011 foi atribuído a três livros, em  primeiro lugar ficou o livro Passageiro do fim do dia, de Rubens Figueiredo, em segundo Uma viagem à Índia, de Gonçalo Tavares e em terceiro Minha Guerra Alheia, de Marina Colasanti. O primeiro lugar recebe um prêmio no valor de R$ 100 mil, o segundo de R$ 35 mil e o terceiro de R$ 15 mil. O Prémio Portugal Telecom de Literatura é realizado desde 2003, distinguindo obras em língua portuguesa que tenham sido publicados no Brasil.

Passageiro do fim do dia, de Rubens Figueiredo narra um percurso. O percurso da consciência de Pedro durante uma viagem de autocarro para o bairro do Tirol, na periferia pobre da cidade onde mora. É o bairro mora Rosane, a namorada de Pedro. No fim da viagem ele não é o mesmo.

Rubens Figueiredo nasceu no Rio de Janeiro em 1956. É licenciado em letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. É tradutor e professor de português e tradução literária. O seu livro de contos As palavras secretas recebeu os prêmios Jabuti e Arthur Azevedo, em 1998.

Uma Viagem à Índia, de Gonçalo Tavares é a primeira epopeia portuguesa do século XXI. Um homem faz uma viagem à Índia, aprendendo e esquecendo, simultaneamente, acompanhado de uma melancolia contemporânea.

Gonçalo M. Tavares nasceu em 1970. Estão em curso cerca de 210 traduções com edição em 44 países das suas obras. Os seus livros deram origem, em diferentes países, a peças de teatro, peças radiofónicas, curtas metragens, vídeos de arte, ópera, performances e projetos de arquitetura. Foi distinguido com vários prémios, entre os quais o Portugal Telecom em 2007 com Jerusalém, o Prémio José Saramago 2005 e o Prémio LER/Millennium BCP 2004, também com o romance. Uma Viagem à India foi reconhecida com Grande Prémio Romance e Novela pela Associação Portuguesa de Escritores e pelo Prémio Fernando Namora/Casino Estoril 2011.

Minha Guerra Alheia, Marina Colasanti parte de uma cena de guerra e das memórias de Marina Colasanti. Primeiro Asmara na Etiópia, depois Tripoli, na Líbia, o início da Segunda Guerra marca o regresso a Itália. A autora fez um trabalho exaustivo de pesquisa, para melhor sedimentar as suas recordações. Fala de um pai fascista, do avô historiador da arte e do tio figurinista, com ópera, poesia e espionagem à mistura.

Marina Colasanti nasceu em Asmara, capital da Etiópia. Morou em Itália até aos 10 anos e mudou-se para o Rio de Janeiro em 1948. A sua carreira literária iniciou-se com o livro Eu sozinha, em 1968. Publicou mais de 40 títulos entre poesia, crónicas, contos, livros para crianças e jovens. Ganhou quatro Jabutis e o Livro do Ano por Ana Z aonde vai você?, prémios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, da Câmara Brasileira do Livro, da Associação Brasileira de Críticos de Arte, do Concurso Latino-americano de Cuentos para Niños, promovido pela FUNCEC/UNICEF, o Prêmio Norma-Fundalectura latino-americano, entre outros.

Texto de Clara Inácio
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