Paulo Castilho distinguido com o Prémio Fernando Namora

Paulo Castilho foi distinguido com o Prémio Fernando Namora pelo seu romance Domínio Público, publicado em Junho de 2011 pela Dom Quixote. O júri, presidido por Vasco Graça Moura, salientou “a maneira lúcida quanto irónica como o autor caracteriza as personagens”, ressalvando “a surpreendente narrativa como analisa as relações entre as personagens na sociedade portuguesa”.

O Prémio Fernando Namora é no valor de 25 mil euros, foi atribuído a Paulo Castilho por maioria e será entregue em data a anunciar.

Em Domínio Público há um olhar irónico e inteligente sobre a sociedade em crise. Uma história divertida, cheia de diálogos animados sobre a actual situação portuguesa e que se passa entre Lisboa, o Alentejo e o Douro, entre gente da classe média com ou menos recursos económicos. Uma sátira aos tempos que vivemos protagonizada por mulheres jovens, com os seus dramas: carreira profissional, casamentos falhados, ligações esporádicas e todas as suas dúvidas, certezas e incoerências.

Paulo Castilho nasceu em 1944, filho do diplomata e ensaísta Guilherme de Castilho e da escritora Marta de Lima. Fez os estudos primários e secundários na África do Sul, Hong Kong, Macau e Lisboa. Licenciado em Direito, diplomata de carreira, ocupou postos em Washington e Londres, exerceu o cargo de director-geral das Comunidades Europeias e, posteriormente, os cargos de embaixador de Portugal na Suécia, no Conselho da Europa e na Irlanda.

Com o seu livro de estreia, O Outro Lado do Espelho, publicado na década de 80, recebeu o Prémio Literário Diário de Notícias. Neste livro revela já o estilo que caracterizará toda a sua obra literária: directo e objectivo, com frases curtas e muito próximo do registo cinematográfico. Em 1989, com o romance Fora de Horas, recentemente reeditado pela Dom Quixote, revelou-se como uma das vozes mais singulares da ficção portuguesa actual, o que foi reconhecido ao serem-lhe atribuídos os mais importantes prémios literários – Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, Prémio do Pen Club Português e Prémio Eça de Queiroz. É ainda autor dos romances Sinais Exteriores (1993), Parte Incerta (1997), Por Outras Palavras (2000) e Letra e Música (2008)

Texto de Clara Inácio
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