Lisbon Film Orchestra Toca Sons Da Infância Em Disney In Concert

Reportagem de Tânia Fernandes (texto) e António Silva (fotografia)

Disney in Concert

Um espetáculo para reviver as melodias da infância e mergulhar nos sons da magia da Disney, foi o que a Lisbon Film Orchestra proporcionou ontem, a quem assistiu a uma das duas sessões que tiveram lugar no Campo Pequeno, em Lisboa. Um privilégio de poder ouvir, ao vivo, algumas das mais famosas bandas sonoras da animação, acompanhadas de imagens projetadas em ecrã grande. Foi maioritariamente um desfile de princesas, com lugar também para os vilões, numa vertente mais intensa, de maior ação com Os Piratas das Caraíbas.

Passavam 10 minutos da hora marcada quando os músicos começaram a subir ao palco, sempre com o público a aplaudir. Só depois entra Nuno de Sá, o maestro que dirige este projeto musical e educativo, que tem vindo a suscitar interesse e o gosto do público em geral pela música clássica, através de temas de filmes de cinema. Desta vez, foi às gerações mais novas que o encanto se dirigiu.

Disney in Concert
Disney in Concert

O espetáculo abriu com um medley de temas que incluiu, entre outros, “Zip-a-Dee-Doo-Dah” de A Canção do Sul, galardoado com o Óscar para melhor música em 1947, “Supercalifragilisticexpialidocious” celebrizada por Julie Andrews e Dick Van Dyke em Mary Poppins, lançado em 1963, ou o toque de magia de “Bibbidi-bobbidi-boo”, cantado pela fada madrinha de Cinderela. As imagens que acompanhavam os sons permitiam identificar os filmes e no final, o retrato do grande mestre da magia, a quem todos devemos parte dos nossos sonhos: Mr. Walt Disney.

O maestro interrompe para cumprimentar o público, desejar a todos um bom espetáculo e voltamos a entrar no sonho. Muitas das histórias são apresentadas de forma muito sucinta por um narrador, que neste primeiro caso, nos fala de uma pequena sereia que decide sair do mar para estar com quem mais ama. Ariel é a primeira princesa a desfilar e ouvimos, também, a primeira das quatro vozes que integram este espetáculo: Soraia Tavares. Junta-se-lhe de seguida Diogo Pinto e sente-se que o público começa a vibrar com o ritmo. Margarida Encarnação dá depois voz a Pocahontas, a princesa selvagem  e na cena seguinte, de A Bela e o Monstro, estão em palco os quatro cantores já com Bruno Ribeiro. Mais do que simplesmente trazer a voz, estes quatro cantores interpretam com grande dinâmica os seus papéis, dançando, percorrendo o palco e fazendo-nos sorrir.

Continuamos a dançar com O Livro da Selva e voltamos a Mary Poppins para o agitado “Chim Chim Ch-ree” e começa a ser difícil não agitar, pelo menos, os ombros.

Depois de um instrumental do Corcunda de Notre Dame, e aos primeiros acordes da seguinte, percebe-se que é “um peso pesado” que lá vem. Torna-se impossível segurar as pequenas princesas que, nos seus vestidos de cetim, rodopiam encantadas entre as primeiras cadeiras da plateia e o palco. Chegou a hora de “Já Passou” de Frozen.

Aladino, Piratas das Caraíbas e Rei Leão são os restantes filmes escolhidos para esta apresentação. É visível a felicidade, de Nuno de Sá antes do final, ao dar conta “mais do que de uma sala cheia é de uma sala cheia de crianças”, dando os parabéns aos pais, avós e outros que os trouxeram a ouvir a música tocada pela orquestra. Saímos todos com a sorrir, com a sensação de conforto que só estes sons nos transmitem a cantarolar a despedida “”It’s a Small World After All”.

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