O Principezinho inunda de fantasia jardins da Regaleira

Os monumentais jardins e edifícios da Quinta da Regaleira, em Sintra, bem como um avião Auster D-5/160 (gentilmente cedido pelo Museu do Ar), integrados numa instalação de Paula Hespanha e Manuel Pedro Ferreira Chaves, constituem os “trunfos cenográficos” do espectáculo O Principezinho na Quinta da Regaleira, que pretende envolver toda a família, até 9 de Outubro, numa experiência de teatro de rua, sob a direcção de Paulo Campos dos Reis. A produção está a cargo do grupo de teatro profissional Byfurcação e da Fundação Cultursintra.

A história do pequeno príncipe e do aviador continua a atrair criadores de todo o mundo, mercê da valiosa mensagem humanista enunciada por Antoine de Saint-Exupéry, autor da obra sempre actual O Principezinho. Mais de meio século depois de ter sido publicada pela primeira vez, em 1943, este texto fundamental da literatura universal, tem merecido a atenção de leitores de todo o mundo (note-se que é a terceira obra literária mais traduzida de sempre e integra, em Portugal, o Plano Nacional de Leitura) e tem conhecido diversas adaptações criativas, passando pelo cinema, desenhos animados e pelo teatro.

O Principezinho na Quinta da Regaleira vai revisitar a complexidade do autor, sem que isso interfira com a simplicidade e fluência das imagens que invoca. Ao ser apresentada na singularidade do espaço da Quinta da Regaleira, povoada de planetas e por um avião, a peça pretende realçar a relação entre as personagens e evocar o valor da amizade, o conceito chave e pedagógico do autor e que será, também, o do espectador.

O espectáculo, dirigido a maiores de seis anos, vai estar em cena às sextas-feiras, sábados e domingos às 17 h00. Os bilhetes custam sete euros.

Ficha técnica
Dramaturgia e direcção: Paulo Campos dos Reis
Intérpretes: Paulo Cintrão, Regina Gaspar, Ricardo Soares, Susana Gaspar
Música original: Bruno Béu
Instalação cenográfica: Paula Hespanha e Manuel Pedro Ferreira Chaves

Por Cristina Alves

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1 Comentário

  1. Saudações!
    Na minha opinião, o grande “trunfo cenográfico” desta peça é a instalação “Land art”, criada para o efeito, por uma escultora e um arquitecto (PAULA HESPANHA e MANUEL PEDRO FERREIRA CHAVES), que povoa com planetas o espaço daquela Quinta, transfigurando-o.
    A insólita presença de um avião Auster (e não um T6, como é referido) verdadeiro, é a cereja no topo do bolo.
    Destaque também para o muito bom bom trabalho dos actores, fiquei com vontade de repetir a dose.
    Obrigado.

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