Doce Lar acaba assim por ser uma “casa de histórias” com janelas abertas ao mundo e portas franqueadas às peripécias de diversas personagens. Umas fictícias, outras só um bocadinho inventadas, mas todas elas de certa forma presentes no nosso imaginário. Ou seja, “os sonhos e as angústias de um ‘ser português’ que nos está irremediavelmente no sangue fazem de ‘Doce Lar’ uma casa que é, ao mesmo tempo uma zona de conforto, um refúgio e um sítio de onde por vezes também queremos escapar”, como vinca a editora.
Entre o primeiro e o segundo álbum, a sonoridade dos Virgem Suta não sofreu grandes mutações, mas a espaços nota-se em Doce Lar a natural evolução do grupo depois de três intensos anos a ‘rodar’ na estrada, com concertos nos quatro cantos do país. Talvez por isso não seja de estranhar que no rol dos instrumentos sonoros utilizados pela banda bejense continuem as guitarras e os cavaquinhos, mas também o berimbau, tachos, panelas e até… um penico!
Texto de Cristina Alves