Novidades editoriais do Clube do Autor

A editora Clube do Autor continua a apostar forte nos autores nacionais e em grandes nomes internacionais, de que são exemplos os mais recentes lançamentos como Auto do Cruzeiro do Inferno, de Isabel Zambujal, A Última Testemunha de Auschwitz e Não Podemos Ver o Vento de Clara Pinto Correia.

Em o Auto do Cruzeiro do Inferno, de Isabel Zambujal, a escritora pega no clássico Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente e adapta-o ao século XXI. Será que nos dias de hoje as personagens são as mesmas? Com o fidalgo, a alcoviteiras e o judeu? E o seu comportamento será o mesmo? Isabel Zambujal descobriu-os em pleno séc. XXI e seguiu-os passos até ao Cais. À boa tradição vicentina é a rir que se castigam os costumes. Isabel Zambujal mostra de forma divertida e lúdica o país que somos e em que sociedade nos movimentamos.

Isabel Zambujal nasceu em Lisboa, em 1965. Trabalhou como copywriter em agências de publicidade. Em 2001 escreveu e editou os Saltinhos, a sua primeira colecção de literatura infantil, integrada no Plano Nacional de Leitura e distinguida pelo ICA para a produção de uma série de animação. Outras obras suas são: A Menina que Sorria a Dormir, Histórias Escritas na Cara e a colecção Grandes Compositores, já traduzida em Espanha e na Bélgica. Chocolate – Histórias Para Ler e Chorar Por Mais foi o seu livro para adultos. Algumas das suas histórias vão ser adaptadas ao teatro. Atualmente é supervisora criativa na Ogilvy Portugal.

Auto do Cruzeiro do Inferno, de Isabel Zambujal, com 96 páginas e preço de venda de 9,50 euros.

A Última Testemunha de Auschwitz , de Denis Avey  com  Rob Broomby é um relato em primeira mão do pesadelo vivido no campo de concentração de Auschwitz III «Eu, soldado britânico e prisioneiro de guerra, protegido até agora pela Convenção de Genebra, olhei para a minha nova farda, umas roupas largas, disformes, com umas riscas azuis sujas e uma estrela amarela. Sob os olhares dos guardas das SS, cruzei os portões. Ao início de uma tarde de meados de 1944, entreiem Auschwitz III de livre vontade e por minha própria iniciativa.» A Última Testemunha de Auschwitz é a história verdadeira de um soldado britânico que entrou de livre vontade em Buna-Monowitz, para testemunhar os horrores sofridos pelos judeus. A sua atitude acabou por ajudar a salvar um prisioneiro judeu. No Verão de 1944, Denis Avey era um prisioneiros de guerra do campo de trabalho E715, próximo de Auschwitz III, para investigar os boatos, trocou de lugar com um prisioneiro judeu e infiltrar-se no campo. Após uma caminhada pela Europa Central, foi repatriado para a Grã-Bretanha.

Denis Avey nasceu no Essex em 1919. Combateu no deserto durante a II Guerra Mundial, tendo sido capturado e mantido como prisioneiro de guerra num campo próximo de Auschwitz III. Em 2010, foi distinguido como um dos 27 Heróis Britânicos do Holocausto.

Rob Broomby é jornalista do BBC World Service, especializado em temas britânicos. Anteriormente, foi correspondente da BBC em Berlim e trabalha há mais de vinte anos como jornalista radiofónico, maioritariamente para a BBC Radio.

A Última Testemunha de Auschwitz, de Denis Avey com Rob Broomby e Prefácio de Sir Martin Gilbert (historiador), com 328 páginas e preço recomendado de 17,80 euros.

Não podemos ver o vento é o novo romance de Clara Pinto Correia, que fala sobre os segredos mais bem guardados da guerra colonial em Moçambique. “Foi, sem sombra de dúvida, o trabalho de campo mais cansativo que alguma vez me meti por amor a um romance” declara a autora.

Mariana, uma psicóloga ruiva de coração ardente e determinação férrea, está na casa dos trinta quando conhece Guilherme. Mãe de duas gémeas. Mariana começa a frequentar o Solar de Turismo de Habitação, unidade dirigida por Guilherme, na Serra do Barroso, para ocupar os tempos livres das filhas. Estabelece amizade com o proprietário e as suas conversas são sobre a Guerra Colonial em Moçambique, a formação dos Grupos Especiais e dos Grupos Especiais Pára-Quedistas, as suas missões-relâmpago de contraguerrilha, o uso de estupefacientes fornecidos pelo próprio Exército Português, e outros segredos.   A história vai sendo construída a pouco e pouco, como um puzzle.

Clara Pinto Correia nasceu em Lisboa em 1960. É licenciada em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Em 1985 entrou como assistente para a Faculdade de Medicina, onde leccionou Embriologia e Biologia Celular. Doutorou-seem Biologia Celular, no ano de 1992, no Instituto de Investigação Científica Abel Salazar, depois de ter realizado o seu trabalho de investigação na State University of New York em Buffalo, E.U.A. A partir de 1995 começou a trabalhar na Universidade Lusófona (Lisboa), onde foi vice-reitora até 2003. Montou e dirigiu a licenciatura em Biologia e o Mestrado em Biologia do Desenvolvimento até 2010. Foi também directora da pós-graduação em História da Ciência e da cadeira Ciência e Religião da licenciatura em Ciência das Religiões. Em 2004 prestou provas de agregação na Universidade de Lisboa, passando então a ser Professora Catedrática. Presentemente é visiting scholar no Department of Biology no Amherst College, e membro do Centro de Estudos de História e Filosofia da Ciência. Tem mais de cinquenta títulos publicados, faz crónicas e traduções. Trabalhou na rádio e em televisão.

Não Podemos Ver o Vento, de Clara Pinto Correia, com 360 páginas e preço recomendado de 16,80 euros.

Texto de Clara Inácio
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