A autora inspirou-se para esta colecção, na riqueza artística dos adornos femininos e no vasto contexto social e religioso da Índia, país por onde passou, em 2008, enquanto bolseira da Fundação Oriente. Ana Caldas esteve nas cidades de Poona, Miraj e Kolhapur, onde, com a ajuda de artífices locais, estudou as técnicas oficinais e de produção ornamental da joalharia indiana. Nesta incursão, a autora descobriu também a fusão étnica da Índia, onde o Islão e o Hinduísmo estão presentes, sobretudo, enquanto pontes de contacto com o legado muçulmano na Península Ibérica, legado que tem servido de inspiração para Ana Caldas, como ponto de união entre as tradições do Oriente e do Ocidente.
O público pode visitar esta exposição de terça-feira a domingo, entre as 10h00 e as 18h00, no Museu do Oriente, em Lisboa, até dia 14 de Novembro.
Texto de Cristina Alves