A sessão de abertura da 8ª edição da Monstra, a decorrer maioritariamente no Cinema São Jorge, em Lisboa, contou com casa cheia, numa noite com direito a discurso de abertura e agradecimentos a todos os que contribuíram para este festival, seguida da apresentação de dois blocos de animação e intervenção dos respectivos autores.
No primeiro bloco, 28, uma curta metragem portuguesa, de 10 minutos, que foi apresentada na sessão de abertura com duas versões. A primeira, “com o silêncio que acompanha o animador”, segundo as palavras de José Xavier , a outra com sonorização de António Sousa Dias .
A curta explora o universo do eléctrico lisboeta e Fernando Pessoa, com um ar de folha desenhada a preto e branco, e cheia de metáforas Pessoanas. Apesar do preto e branco, a curta mostra-se vibrante como se estivesse cheia de cor. Outro aspecto interessante é a exploração do enquadramento que não é estático e é parte integrante da narrativa, ajudando à frescura do filme. Embora a sonorização de António Sousa Dias seja interessante, pelas condições sonoras da projecção, não foi possível aprecia-la correctamente, onde nem mesmo a versão silenciosa escapou à presença de ruído de fundo.
Resta-nos a promessa que voltará a ser apresentada durante a semana, incluindo na sessão de encerramento, e que as dificuldades técnicas até lá já terão sido superadas.
O segundo bloco foi dedicado a uma Retrospectiva de George Schwizgebel que mostra a evolução do autor suíço, sempre com g
À saída da sessão de abertura, encontrava-se um ambiente bastante agradável, com música amena e relaxante, a preparar-nos para uma semana de boa animação.