O espectáculo, que dura aproximadamente uma hora e meia, é um exemplo de sincronia, ritmo, onde não faltam os jogos de luzes, também eles absolutamente sincronizados com os ritmos e sons que os elementos do grupo vão produzindo.
Momentum está num patamar diferente dos Mayumana que surgiram nos anos 90 em que a percussão tinha um maior peso no espectáculo, o que lhes conferiu algumas comparações com os norte-americanos Stomp.
Os Mayumana de agora evoluíram para um caminho diferente em que, sem deixar de obter sons dos mais diferente objectos, superfícies ou elementos (como a água), acrescentaram a electrónica, as cordas e as vozes.
A interacção com o público é muito mais presente, o que proporciona alguns dos momentos de comédia do espectáculo, também ela uma novidade.
Sempre a um ritmo alucinante – durante todo o espectáculo os elementos não param – aos sons e ritmos juntam-se também os movimentos, numa coreografia muitas vezes frenética que está na fronteira entre a acrobacia, o contorcionismo e a dança.
Para poder caracterizar melhor os Mayumana poderia dizer que estão entre os Stomp e os Blue Man Group, mas na verdade não têm nada a ver.
É um espectáculo a não perder em cena até 18 de Julho, no Auditório dos Oceanos, no Casino de Lisboa.
Texto de Antónia Barroso Fotos de Sara Santos