Momentum dos Mayumana é exemplo de espectáculo de sincronia, música e dança

As duas ampulhetas dos dois lados do palco do auditório do Casino Lisboa marcam a hora do início do espectáculo Momentum do grupo de origem israelita Mayumana, que pela quarta vez brinda Portugal com as suas actuações.

O espectáculo, que dura aproximadamente uma hora e meia, é um exemplo de sincronia, ritmo, onde não faltam os jogos de luzes, também eles absolutamente sincronizados com os ritmos e sons que os elementos do grupo vão produzindo.

Momentum está num patamar diferente dos Mayumana que surgiram nos anos 90 em que a percussão tinha um maior peso no espectáculo, o que lhes conferiu algumas comparações com os norte-americanos Stomp.

Os Mayumana de agora evoluíram para um caminho diferente em que, sem deixar de obter sons dos mais diferente objectos, superfícies ou elementos (como a água), acrescentaram a electrónica, as cordas e as vozes.

A interacção com o público é muito mais presente, o que proporciona alguns dos momentos de comédia do espectáculo, também ela uma novidade.

Sempre a um ritmo alucinante – durante todo o espectáculo os elementos não param – aos sons e ritmos juntam-se também os movimentos, numa coreografia muitas vezes frenética que está na fronteira entre a acrobacia, o contorcionismo e a dança.

Para poder caracterizar melhor os Mayumana poderia dizer que estão entre os Stomp e os Blue Man Group, mas na verdade não têm nada a ver.

É um espectáculo a não perder em cena até 18 de Julho, no Auditório dos Oceanos, no Casino de Lisboa.

Texto de Antónia Barroso
Fotos de Sara Santos
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