No espaço do Instituto Superior de Agronomia, foram instalados três palcos, cada um dedicado a uma temática diferente: Diversidade, Artes e Electrónica.
No primeiro dia passaram pelo recinto nomes como Jay Jay Johanson, Rita Redshoes, Torino, Berlam e Banda Larga. Já no segundo dia marcaram presença Sinamantes, Betty, Au Revoir Simone, The Veils e David Fonseca.
O segundo dia arrancou com Sinamantes, um trio paulistano, que formado por dois brasileiros e uma argentina mistura a música pop brasileira e a latino-americana. Ainda com um público muito reduzido no recinto, seguiu-se outro trio em palco, este de Nova Iorque, as irreverentes Betty que com toda a sua descontracção e boa disposição apresentaram alguns temas do seu mais recente álbum Bright & Dark, e como não podia deixar de ser, o tema da famosa série The L Word.
As Au Revoir Simone, que já não são nenhumas estranhas aqui pelo nosso país, foram as meninas que se seguiram e animaram as ainda poucas pessoas que se encontravam no alto da Tapada da Ajuda.
No palco Diversidade, a música seguiu com Nikolaj Grandjean, nosso conhecido pelo tema “Heroes and Saints”. Seguiu-se David Fonseca, para aquela que foi considerada a actuação da noite, com uma energia contagiante (que faz com que seja um dos mais conceituados artistas do panorama nacional).
O concerto teve de tudo, interacção com o público, mudanças de guarda-roupa, uma cabine telefónica e, uma coisa inédita nos concertos de David Fonseca, o artista desceu do palco, dirigiu-se à cabine de som e voltou enquanto tocava.
A noite terminou com a actuação de da banda britânica The Veils. Apesar da energia da banda indie, parecia que a razão principal para o público ter ficado a assistir à actuação foi a curiosidade. Pouco entusiasmo por parte do público e pouco entusiasmo por parte da banda que, para nome principal do último dia de festival merecia mais.
Depois de dois dias de festival, há duas perguntas que ficam no ar: Estará Lisboa preparada para um festival “desligado de preconceitos” e haverá uma segunda edição do Lisboa Unplugged ?
Questões pertinentes, não devido há qualidade dos artistas participantes, mas sim devido à afluência do público, que foi bastante reduzida, cerca de 200 pessoas, um número muito longe das “entre 10 e 15 mil pessoas” que eram esperadas pela organização para o evento.
Texto de Sara Santos e Luís Gonçalves Fotos de Sara Santos