Inserido no ciclo Há Fado no Cais do CCB em parceria com o Museu do Fado, o Grande Auditório do CCB teve, na noite de 11 de abril, um concerto diferente. Se se impusessem algumas palavras, ficava apenas uma: Argentina.
Argentina Santos fadista, ou a tia Argentina, senhora que deu nome ao espaço de comida bem temperada e música de temperar a alma. Terá sido também o primeiro concerto com intérpretes de linguagem gestual, mostrando que o fado é de todos.
Ao mote do “Senhoras e senhores, silêncio que se vai cantar o fado” alguma surpresa pela bailarina de parra na mão que acompanhava os acordes da guitarra portuguesa de José Manuel Neto, da viola de fado de José Elmiro Nunes e da viola baixo de Daniel Pinto. As vozes vieram a seguir, interrompidas por palmas, Bravoos, gritos de “És o maior” ou “És linda” e muitos aplausos de pé.
Dez fadistas de diferentes gerações, homenagearam Argentina Santos com dois temas cada, num total de 20 fados tradição. Por esta ordem: Sérgio Silva, Joana Veiga, Marco Rodrigues, Sara Correia, Raquel Tavares, Pedro Moutinho, Ricardo Ribeiro, Maria Armanda, Rodrigo e Celeste Rodrigues.
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Um gira-discos em formato de mala, daqueles que se ouve o momento em que a agulha toca na voz da Argentina Santos, marcou a entrada da Dona Argentina no palco. O carinho, a admiração e o respeito dos fadistas que passaram pelo palco do CCB mais os fortes aplausos que lhe eram dirigidos do público de pé foi o momento alto para todas as partes.
