Elida Almeida era o concerto mais aguardado da noite, reflexo disto foram os tantos cabo verdianos que, espalhados pelo recinto, erguiam bandeiras do seu País.
Contudo, foram os italianos Cuncordu e Tenore de Orosei que abriram a noite. Um grupo de canto polifónico da costa oriental da Sardenha, que oscila entre o canto sagrado e o canto secular. Este grupo de vozes mostrou bem o porquê de serem considerados uma das formações corais mais destacadas da Sardenha, prendendo a atenção do público com um jogo de vozes impressionante.
Depois de um check sound de última hora, Elida Almeida sobe finalmente ao palco, cantora, guitarrista e autora cabo Verdiana, de uma simpatia e doçura invejáveis, cantou e encantou durante mais de uma hora. Vencedora do prémio revelação nos Cabo Verde Music Awards, é impressionante perceber como a sua música é também uma forma de contar histórias. Momentos de alegria e tristeza foram partilhados com todos os presentes, uma história de vida curta mas atribulada, solidão, pobreza e uma gravidez precoce que se transformam esta noite numa obra de arte cantada.
Elida Almeida também partilhou toda a sua boa disposição através da dança, deu origem a um momento de Funana em palco acompanhada por alguns convidados do público, que fizeram o FMM voar.
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De volta a solo Europeu, Gecko Turner encerra esta noite com um concerto para todos os gostos. Entre o soul, blues, jazz, rock, reggae e música africana, fecha o segundo dia de música no Largo Marquês de Pombal em Porto Covo e abre as portas à fantasia para todos aqueles que, de seguida, foram para as tendas sonhar com viagens à volta do Mundo.
Reportagem de Ana Rodrigues