O Festival Terras Sem Sombra encerra o seu ciclo com a Oratória dedicada a D. Maria I, uma ópera, na Basílica Real de Castro Verde no dia 23 de Junho, pelas 21h30, interpretada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direcção do maestro Donato Renzetti, com Raquel Alão (soprano), Carmen Romeu (soprano), Mikeldi Atxalandabaso (tenor), Marifé Nogales (mezzosoprano), Mário João Alves (tenor) e Luís Rodrigues (barítono).
Este concerto é a estreia moderna, a nível mundial, de “La Betulia Liberata”, escrita ao redor de 1773 pelo compositor e violinista italiano Gaetano Pugnani. A interpretação será pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob a direcção do maestro Donato Renzetti, considerado um dos principais directores de orquestra da actualidade.
A partitura da oratória, em dois actos, para solista, coro e orquestra esteve até agora adormecida na Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda, foi recuperada por iniciativa do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja. A Basílica Real de Castro Verde é um monumento do tempo de D. João V, famoso pelas excelentes condições acústicas.
José António Falcão, director-geral do projecto, sublinha que “esta estreia põe em evidência o esforço feito pelo Festival para recuperar o nosso património musicológico, neste caso um manuscrito precioso do antigo Palácio Real; está em causa o resgate de uma parte muito significativa da nossa história e da própria cultura europeia.”
Paolo Pinamonti é o director artístico do Festival e escolheu o reputado maestro Donatto Renzitti para um concerto de excepcional virtuosismo, seguido já com atenção pela crítica internacional. Esta première promete trazer a Castro Verde alguns dos especialistas mundiais no campo operático.
Oratória dedicada a D. Maria I, Basílica Real de Castro Verde, dia 23 de Junho, pelas 21h30.
Texto de Clara Inácio